ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
SETEMBRO, SEGUNDA  22    CAMPO GRANDE 19º

Economia

Dólar à vista sobe a R$ 5,33 com novas sanções dos EUA

Moeda americana avança diante de restrições a brasileiros, enquanto a bolsa de valores recua

Por Gustavo Bonotto | 22/09/2025 19:00
Dólar à vista sobe a R$ 5,33 com novas sanções dos EUA
Cédulas do dólar. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O dólar fechou em alta de 0,33%, cotado a R$ 5,33, nesta segunda-feira (22), após os EUA anunciarem novas sanções a brasileiros. O Ibovespa, principal índice da bolsa, recuou 0,52%, aos 145.109 pontos, interrompendo a sequência de recordes. O mercado reagiu à medida de retaliação do governo americano e à expectativa de dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Dólar fecha em alta após sanções dos EUA a brasileiros. A moeda americana subiu 0,33%, cotada a R$ 5,33, em reação às novas sanções impostas pelos Estados Unidos a autoridades brasileiras. O Ibovespa recuou 0,52%, aos 145.109 pontos, interrompendo a sequência de recordes. As medidas retaliatórias miram a esposa do ministro Alexandre de Moraes e o advogado-geral da União, Jorge Messias, além de outras autoridades. Mercado reage às sanções e aguarda indicadores econômicos. Investidores monitoram a ata do Copom e o IPCA-15, que podem influenciar a política de juros. Nos EUA, dados do PIB e do consumo estão no radar, com dirigentes do Federal Reserve sinalizando cautela em relação a cortes na taxa básica. Embraer teve alta após anúncio de encomenda, enquanto Cosan caiu após capitalização. Bolsas americanas renovaram recordes, enquanto índices europeus e asiáticos tiveram desempenho misto.

As sanções atingem Viviane de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e Jorge Messias, advogado-geral da União. O governo americano também revogou vistos de outras cinco autoridades brasileiras. A ação foi baseada na Lei Magnitsky e mira retaliação à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão.

No Brasil, investidores aguardam a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), prévia da inflação, que podem indicar os próximos passos da política de juros. O Banco Central manteve a previsão de inflação em 4,83% para 2025, e a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) deve terminar o ano em 15%, com projeção de 12,25% para 2026. A política monetária continua sendo acompanhada com cautela diante do cenário incerto.

Já nos EUA, os dados do PIB (Produto Interno Bruto) e do consumo estão no radar, enquanto dirigentes do Fed (Federal Reserve) alertam que há espaço limitado para novos cortes de juros. Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, afirmou que não vê necessidade de reduzir taxas ainda este ano. Alberto Musalem, do Fed de St. Louis, disse que a taxa básica precisa se manter elevada para conter a inflação acima da meta.

No mercado de ações, a Embraer avançou quase 5% após encomenda de aviões da Latam. Em contrapartida, a Cosan caiu 18% após anunciar capitalização de R$ 10 bilhões. O Ibovespa sofreu impacto das incertezas políticas e econômicas, refletindo o clima cauteloso entre investidores.

Em Wall Street, os índices fecharam em alta, renovando recordes, impulsionados por preocupações sobre políticas de vistos nos EUA. O Dow Jones subiu 0,14%, o S&P 500 avançou 0,44% e o Nasdaq Composite teve alta de 0,70%. Na Europa, as bolsas encerraram sem direção definida, enquanto na Ásia, os resultados foram mistos, com destaque para a valorização de ações chinesas ligadas à Apple e ao setor de chips.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.