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Economia

Dólar recua com sinais fracos do emprego nos EUA e fecha a R$ 5,31

Já o principal índice da bolsa brasileira subiu 0,41%, aos 161.755 pontos

Por Gustavo Bonotto | 03/12/2025 19:17
Dólar recua com sinais fracos do emprego nos EUA e fecha a R$ 5,31
Cédulas do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar caiu 0,33% nesta quarta-feira (3) porque os dados fracos do emprego nos Estados Unidos aumentaram a expectativa de corte de juros pelo Fed (Federal Reserve), o que reduziu a procura global pela moeda, e o recuo ocorreu no mercado financeiro brasileiro, onde a cotação fechou em R$ 5,31. Os investidores reagiram à perda de 32 mil vagas no setor privado norte-americano em novembro, o que surpreendeu analistas.

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O dólar recuou 0,33% nesta quarta-feira (3), fechando a R$ 5,31, após dados fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos. O setor privado norte-americano registrou perda de 32 mil vagas em novembro, contrariando expectativas de analistas que previam abertura de 10 mil postos. A perspectiva de corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve aumentou para 88,8%, impactando o mercado financeiro global. O Ibovespa respondeu positivamente, subindo 0,41% e atingindo novo recorde histórico de 161.755 pontos, impulsionado por ações do setor de consumo e indústria.

O relatório da ADP (Automatic Data Processing) mostrou o fechamento de postos de trabalho e apontou desaceleração relevante na economia norte-americana, que havia criado 47 mil vagas em outubro. O número contrariou a projeção de abertura de 10 mil vagas e aumentou a percepção de fraqueza no mercado de trabalho. A combinação desses fatores elevou para 88,8% a chance de redução de 0,25 ponto percentual dos juros na reunião do Fed da próxima semana.

A possível mudança na taxa de juros também ganhou peso porque o mandato do presidente do Fed, Jerome Powell, se aproxima do fim. O governo de Donald Trump (republicano) deve anunciar o sucessor até o início de 2026. A troca de comando gera dúvida sobre a capacidade de o banco central norte-americano manter a independência diante da pressão por cortes mais fortes.

A queda do dólar ocorreu em um dia de alta para o Ibovespa, que subiu 0,41% e atingiu 161.755 pontos. O desempenho refletiu o ambiente externo mais favorável e o avanço de ações ligadas ao consumo e à indústria. O índice renovou o recorde histórico e ampliou os ganhos do mês e do ano.

No cenário brasileiro, investidores acompanharam a agenda política em Brasília. A Comissão Mista de Orçamento voltou a discutir o projeto da LDO de 2026 após o adiamento da última sessão. A tensão entre governo e Congresso aumentou com o cancelamento da sabatina de Jorge Messias no STF pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Os mercados globais também reagiram aos dados do emprego norte-americano. Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam em alta: Dow Jones avançou 0,86%, S&P 500 subiu 0,35% e Nasdaq ganhou 0,17%. As bolsas europeias e asiáticas registraram resultados mistos, com investidores atentos aos índices de gerentes de compras e ao ritmo mais lento do setor de serviços na China.