Em um ano, serviços e produtos de beleza quase dobraram de preço
Em apenas doze meses, os preços de serviços estéticos e produtos de beleza praticamente dobraram, em comparação ao mesmo período do ano passado. Conforme levantamento do instituto de pesquisas da Uniderp Anhanguera em Campo Grande, em alguns serviços, a inflação chegou a 77%.
Como por exemplo o preço médio do corte de cabelo feminino, que passou de R$ 45 em 2015 para R$ 80 neste ano. Para tingir os cabelos em salões, o custo subiu 33%, de R$ 60 para R$ 80. No ano passado, o procedimento de manicure custava R$ 20 e passou para R$ 25 em 2016.
Um dos motivos para explicar a alta nos preços é a crise econômica. Por ser considerado supérfluo o setor sofreu uma baixa significativa do ano passado para cá, com menos clientes em busca dos serviços. Para compensar a diferença, muitos decidiram elevar os preços.
Além disso, a alta dos preços também está ligada ao aumento do imposto sob supérfluos, concedido pelo governo do estado de Mato Grosso do Sul. Entrou em vigor em janeiro deste ano, o aumento das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e os preços dos produtos voltados a beleza e estética foram os principais afetados. Foram reajustadas as alíquotas sobre cosméticos, perfumes, que passaram de 17% para 20%.
Com as mudanças, até produtos de higiene pessoal tiveram alteração no preço, ainda que pequeno, alguns itens tiveram inflação acima dos 30%. O valor médio de comércio do desodorante tipo roll on, por exemplo, custava R$ 7,50 em 2015, e passou para R$ 9,80. São 30,62% de aumento.
Alternativas - Com aumento dos impostos e aliada a crise brasileira, quem vem sentindo as mudanças no bolso são os consumidores. Para o advogado João Pedro, 30 anos, a saída tem sido comprar esses produtos em viagens fora do estado. “Quando viajo, aproveito para trazer xampu, desodorante e em grande quantidade. Compensa”, avaliou.
Mas para alguns serviços estéticos, não tem como fugir. Então, o jeito foi diminuir a frequência nos salões de beleza, como contou a professa Marisa de Almeida, 45 anos. “Em casa somos três mulheres, então diminuímos a frequência no salão, agora só em situações especiais”, disse.