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Economia

Energia, alimentação e habitação puxam IPC para baixo em fevereiro

Nícholas Vasconcelos | 05/03/2013 18:13

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) fechou o mês de fevereiro em 0,19% em Campo Grande, resultado que ficou abaixo dos 1,38% registrados em janeiro. De acordo com o Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas), da Universidade Anhanguera/Uniderp esse resultado é reflexo da conta de energia elétrica, que na Capital ficou em média de 18,23%.

O grupo Alimentação também recuou em relação ao mês passado, com registro de 0,56% no mês passado contra 2,18% do mês passado. Com isso, a inflação da cidade parece caminhar para o centro da meta inflacionária do CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 4,5%. Houve redução de 3 ,98% no grupo habitação; 6,51% no saponáceo e 3,73% no fogão.

Segundo o levantamento, as maiores contribuições para a inflação de fevereiro decorreram principalmente dos grupos Educação e Transportes com aumento das mensalidades escolares e dos combustíveis.
Já entre os alimentos, as maiores altas foram a batata 22,04%, vinagre 17,37%, repolho 15,66% e miúdos de frango 12,48%. Enquanto a goiaba teve redução de 16,18% e o limão com 13,23%.

Os pesquisados observaram forte alta de 4,04%, em média, nos preços dos produtos e serviços do grupo Transportes, contribuído pelo reajuste de 13,16% nos automóveis; gasolina 6,22%, etanol 5,65% e diesel 3,79%.

Um dos responsáveis por alavancar a inflação de fevereiro, o grupo Educação registrou fortíssima alta em seu índice, em média de 5,28%, devido a aumentos nos preços das mensalidades escolares. Cursos de idiomas também sofreram altas em suas mensalidades, média de 18,91%, e cursos superiores, 8,89%.

Acumulada - A inflação acumulada nos últimos doze meses na cidade de Campo Grande foi de 6,04%, ultrapassando o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário que era de 4,5%, mas dentro do topo da meta desse Conselho, que é de 6,5%.

“Enquanto a inflação acumulada anual do grupo Alimentação atinge mais diretamente a população de menor faixa de renda, que prioriza a alimentação, onde realizam os maiores gastos, o grupo de Despesas Pessoais mostra que, principalmente, o custo dos serviços tem aumentado acima da inflação em nossa cidade.”, analisa o coordenador do Nepes da universidade, Celso Correia de Souza.

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