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Economia

Governo apresenta projeto de acesso a 3 novos portos no Rio Paraguai

Projeto foi discutido com a sociedade local; SPU ficará responsável pela autorização de uso do espelho d’água

Humberto Marques | 15/05/2019 18:12
Verruck (de azul à esquerda) comandou reunião sobre acessos a portos no Rio Paraguai. (Foto: Semagro/Divulgação)
Verruck (de azul à esquerda) comandou reunião sobre acessos a portos no Rio Paraguai. (Foto: Semagro/Divulgação)

O governo do Estado reuniu técnicos e empresários nesta quarta-feira (15) em Porto Murtinho –a 431 km de Campo Grande– para discutir os novos empreendimentos portuários e de logística em implantação no município, que prometem transformar aquela região da fronteira com o Paraguai em uma importante conexão comercial para a América do Sul.

O encontro foi organizado pela Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), com representantes do governo federal, da prefeitura e de grupos que preveem a implantação de três terminais portuários no Rio Paraguai.

“Foi uma reunião na qual procuramos informar a população”, antecipou o titular da Semagro, Jaime Verruck. “Tratamos de uma série de assuntos fundamentais para a consolidação da construção dos novos portos e do novo acesso rodoviário a esses locais”, prosseguiu. Além do prefeito Derlei Delevatti (PSDB) e de vereadores, o superintendente de Patrimônio da União no Estado, Luiz Roberto Rosa, e representantes da Egetra –que projeta o novo acesso rodoviário aos portos– participaram dos debates.

A Porto Saladero, FV Cereais e Camalote, que vão construir os novos terminais portuários, também enviaram representantes, assim como empresários do setor de construção civil e representantes da ETM Murtinho, que iniciou a construção de um estacionamento com capacidade para até 390 rodotrens de 25 metros cada.

Terminal portuário em operação em Murtinho; município ganhará mais três unidades. (Foto: Semagro/Divulgação)
Terminal portuário em operação em Murtinho; município ganhará mais três unidades. (Foto: Semagro/Divulgação)

Estudo – Durante o encontro, os participantes tiveram acesso ao estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas) sobre “Produção, Comércio e Logística entre o Mato Grosso do Sul, Chile, Argentina e Paraguai: o potencial econômico do Corredor Porto Murtinho – Portos do Norte do Chile” e estudos de custos do Corredor Bioceânico, feitos pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística) do governo federal.

Verruck explicou que o debate incluiu o direito de uso das águas para fins portuários, resultando em uma resposta “muito rápida” da SPU, que será responsável por esta fase. “Também fizemos uma discussão ambiental para liberação das licenças necessárias para a construção desses portos”, destacou.

No encontro, ainda foi apresentado o estudo do anel viário que dará acesso aos portos, em um projeto inicial da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). A intenção é a conclusão da proposta e a realização da licitação ainda neste ano, prevendo um acesso a partir da BR-267.

A discussão, conforme o titular da Semagro, ainda abordou o aumento do interesse turístico em Porto Murtinho com os novos empreendimentos. “Conseguimos mostrar que o desenvolvimento de Porto Murtinho é algo concreto, tem cronograma e vai acontecer. O governador Reinaldo Azambuja sabe da importância desse novo hub logístico para a América do Sul, para a infraestrutura logística e as exportações do nosso Estado. Porto Murtinho é a nossa nova Paranaguá”, complementou.

Na terça-feira (14), o governador Reinaldo Azambuja se reuniu com representantes da Itaipu Paraguay para discutir detalhes da ponte que será construída sobre o Rio Paraguai, no município, comprometendo-se a intervir junto ao governo federal para acelerar a liberação de recursos brasileiros para a construção do acesso rodoviário de 12 quilômetros entre a BR-267 e a travessia. A estrutura será bancada pela multinacional paraguaia, ao custo de US$ 75 milhões, e é trajeto importante da rota bioceânica, que ligará o Estado a portos no Oceano Pacífico e, dali, rumo aos mercados asiáticos.

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