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Economia

Iagro confirma investigação sobre caso de mormo na zona rural da Capital

Suspeita levou a cancelamento de evento com equinos no Parque do Peão; amostras foram enviadas para análise

Humberto Marques | 09/10/2019 18:12
Iagro confirmou 16 investigações sobre mormo neste ano, com um caso confirmado. (Foto: Divulgação)
Iagro confirmou 16 investigações sobre mormo neste ano, com um caso confirmado. (Foto: Divulgação)

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul) emitiu nota técnica nesta quarta-feira (9) na qual confirma investigação a ocorrência de mormo equino na zona rural de Campo Grande. No comunicado, o órgão reforma que a notificação é tratada como suspeita e foi identificada em um local “que receberia evento de aglomeração” entre 4 e 6 de outubro.

Trata-se da 16ª suspeita da doença no Estado neste ano, sendo que um caso, em Aparecida do Taboado –a 481 km de Campo Grande– foi confirmado.

O exame confirmatório do caso ainda está em processamento, reforçou a Iagro. Em virtude da notificação, o Clube do Laço Comprido cancelou etapa de torneio que aconteceria no Parque do Peão, na saída para Rochedinho. “O cancelamento do referido evento foi em virtude da constatação técnica de que a unidade epidemiológica suspeita envolvia também o local da prova, sendo assim, essa medida foi adotada para salvaguardar outros equídeos que participariam do certame”.

A agência informou que segue as legislações normatizadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e que a coordenação do PNSE (Programa Nacional de Sanidade entre Equídeos) na Iagro avalia e monitora todas as medidas.

A doença – De 2015 a 2018, a Iagro registrou 247 notificações de suspeita de mormo em Mato Grosso do Sul, com a doença sendo confirmada em 26 propriedades. Atualmente, os focos se encontram saneados. Neste ano, foram 16 notificações em diversos municípios, com 12 delas já encerradas –quatro delas, em Campo Grande e Rio Negro, aguardam o resultado do exame WB (Western Blotting), e um foco foi confirmado em Aparecida do Taboado.

O mormo é uma doença infectocontagiosa que atinge equídeos (cavalos, muares e asininos) e pode contaminar também os humanos e outros animais, havendo risco de morte. Ele é causado pela bactéria Burkholderia mallei e pode causar, entre outros sintomas, febre, catarro, nódulos e úlceras e pneumonia.

O sistema de vigilância sanitária brasileiro obriga a notificação de casos. As medidas de combate incluem desde a interdição da propriedade ou unidade e realização de exames. Em caso positivo, o animal sob investigação deve ser eliminado e o restante do plantel deve ser verificado, bem como apurados possíveis vínculos epidemiológicos.

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