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Economia

Implantação de novas ferrovias deve gerar 30 mil empregos

Investimentos devem chegar a R$ 5 bilhões e Jaime Verruck comemora geração de postos de trabalho

Beatriz Magalhães | 26/01/2022 16:42
Ferrovia Norte Brasil em Chapadão do Sul (Foto: Divulgação/Semagro)
Ferrovia Norte Brasil em Chapadão do Sul (Foto: Divulgação/Semagro)

A implantação de duas ferrovias já autorizadas em Mato Grosso do Sul deve gerar cerca de 30 mil empregos no Estado. Os projetos referentes a Nova Ferroeste e Eldorado Brasil Celulose, já aprovados pelo Ministério da Infraestrutura, vão somar um investimento próximo a R$ 5 bilhões, com previsão de início das obras entre 2023 e 2024, o que para o titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar), Jaime Verruck gera perspectivas animadoras.

"São praticamente R$ 1 bilhão, somente no trecho de Três Lagoas a Aparecida do Taboado. Já nos 345 km do trecho sul-mato-grossense da Nova Ferroeste, que vai de Maracaju até Mundo Novo, são mais de R$ 4 bilhões, totalizando assim, R$ 5 bilhões a serem investidos nos próximos anos no Mato Grosso do Sul", informa Jaime Verruck.

O secretário destaca ainda a geração de numerosos postos de empregos previstos com as duas obras. “Temos a perspectiva sobre a geração de emprego direto e indireto, podendo superar mais de 30 mil vagas. Este é o grande ponto de desenvolvimento e geração de emprego que as ferrovias poderão trazer ao Estado".

Investimentos -  A malha ferroviária é um investimento privado, solicitado pela Eldorado Brasil Celulose, já contemplado no plano de negócios da empresa. O trecho previsto é de 89 km de ferrovia nova a ser construída para o transporte de celulose produzida na fábrica.

De acordo com o assessor de logística da Semagro, Lúcio Lagemann, a empresa já iniciou tratativas com o Ministério da Infraestrutura.

 “Eles [empresa]  farão o aporte. É uma malha nova privada que será construída do zero, com investimento previsto de R$ 890 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão. A empresa já iniciou as tratativas junto ao Ministério da Infraestrutura e espera-se que em pouco tempo sejam homologados os termos de regulamentação sobre o funcionamento e os prazos”.

Quanto a Nova Ferroeste, os investimentos necessários para a construção da ferrovia serão viabilizados por meio de leilão na Bolsa de Valores. Os passos necessários para a oferta do projeto a grupos e fundos de investimentos nacionais e internacionais já foram dados pelos governos de Mato Grosso do Sul e do Paraná.

“Agora nós vamos começar a marcar as audiências públicas nos municípios da área de influência da ferrovia. Então assim, aqui no Mato Grosso do Sul a gente deve ter até duas audiências públicas. Mas ainda não foram determinados os locais, nem sobre a questão do impacto ambiental. Esse mesmo rito também vai se aplicar depois na questão da Eldorado", explica o assessor logístico da Semagrom Lúcio Lagemann.

Autorização - Somente no primeiro trecho já autorizado da Nova Ferroeste, de 76 km, ligando Dourados a Maracaju, os investimentos superam R$ 1,2 bilhão. Lagemann ressalta, no entanto, que essa nova malha terá 345 km, passando por 8 municípios do Estado. “É um trecho bem longo de ferrovia e que vai permitir o escoamento de uma série de produtos de importância econômica para a cadeia produtiva estadual".

O assessor logístico acrescenta ainda que a nova malha terá uma extensão de 345 km, passando por oito municípios do Estado.  “É um trecho bem longo de ferrovia e que vai permitir o escoamento de uma série de produtos de importância econômica para a cadeia produtiva estadual", conclui.

Para o titular da Semagro, a reativação da malha ferroviária estadual é uma realidade já que as obras já estão protocoladas no Ministério da Infraestrutura.

“Esse foi um grande avanço do marco legal das ferrovias, desregulamentando e criando novas possibilidades de investimentos privados. Foi um trabalho intenso que nós fizemos junto ao Congresso Nacional, junto a ministra Tereza, ao ministro da infraestrutura e que culminou com o novo marco regulatório do Brasil”, pontua Jaime Verruck.

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