Indústrias de alimentos mantém ritmo para evitar desabastecimento
As indústrias de alimentos de Mato Grosso do Sul estão mantendo o ritmo de produção para evitar o desabastecimento. A continuidade da fabricação é para garantir que as pessoas encontrem os produtos nas gôndolas dos supermercados e atacadistas, podendo permanecer seguras em suas casas e, dessa forma, evitar a propagação da doença.
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, “as empresas estão implantando os protocolos do Ministério da Saúde para manter a saúde dos colaboradores. Além disso, a área de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) do Sesi está orientando toda as indústrias do Estado a respeito dessa pandemia”, reforçou.
Segundo o dirigente, Mato Grosso do Sul só vai conseguir superar essa crise com calma e tranquilidade. “Não é hora de criar pavor na população. Temos mantido contato com as autoridades governamentais, acompanhando passo a passo todas as medidas tomadas no combate a crise”, afirmou.
ABIA
Sérgio Longen acrescenta que a indústria de alimentação do Estado está seguindo as orientações da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), que, em parceria com a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), criou um Comitê de Crise para acompanhar diariamente a situação do abastecimento de alimentos no País.
“O monitoramento vem sendo feito diariamente por videoconferência entre representantes das ABIA e ABRAS para atualização sobre a situação nos pontos de vendas de alimentos (mercados, supermercados e hipermercados), com o objetivo de mapear possíveis problemas e dar maior agilidade no encaminhamento de soluções, diz o empresário.
O presidente da Fiems cita a preocupação com a manutenção de restrições, já existentes, à circulação de veículos de carga que transportem alimentos (especialmente em rodovias, portos e aeroportos) e às operações de carga e descarga nos diversos Estados, desafio esse que precisa ser superado para que se mantenha o mínimo de normalidade no abastecimento da população. Ele acrescenta que é preciso observar a necessária exceção nos casos citados para permitir um melhor planejamento logístico das indústrias de alimentos e dos supermercadistas, com as devidas adequações de rotas, de forma a beneficiar a população como um todo.
Mapa
Na mesma linha do presidente da Fiems, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, informou, em vídeo publicado nesta sexta-feira (20/03), que a pasta está trabalhando junto com empresas da iniciativa privada para tentar contornar os impactos do avanço do novo coronavírus no setor produtivo como um todo. “Estamos desenhando cenários, vendo passos que temos que dar antes que os problemas aconteçam”, disse.
Tereza Cristina reiterou ainda que não há risco de desabastecimento de alimentos, mas que o setor produtivo precisa fazer com que o fluxo da produção agropecuária chegue às indústrias e aos supermercados. “Tenho falado com as centrais de abastecimentos, supermercados. O Brasil é fantástico, não temos risco de desabastecimento”, comentou.
Ela destacou também o trabalho de servidores do Mapa e do agronegócio, que seguem no interior do Brasil desempenhando papel fundamental. “Eles estão atuando nas plantas frigoríficas e fábricas que produzem alimentos para o nosso País. Eu peço que caminhemos juntos para que possamos passar esse momento difícil e lá na frente dizer que valeu a pena”, finalizou.