Mesmo com pequena queda em dezembro, endividamento das famílias cresceu em 2024
No último ano, índice fechou em 65%, quase 3 pontos percentuais a mais que o ano anterior, de 61,4%
O endividamento das famílias campo-grandenses registrou um leve recuo no fim do ano, passando de 65,2% em novembro para 65% em dezembro. Apesar da leve queda em 2024, em comparação com o ano anterior, número de famílias endividadas cresceu. É o que aponta a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor).
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O endividamento das famílias em Campo Grande teve leve queda em dezembro, passando de 65,2% para 65%, mas, em comparação com 2023, houve aumento. A pesquisa PEIC revelou que, em 2023, 61,4% das famílias estavam endividadas, enquanto em 2024 esse número subiu quase 3 pontos percentuais. Famílias com renda até 10 salários mínimos são as mais endividadas, com 67,8% de inadimplência. O cartão de crédito é o principal vilão, atingindo 75,6% das famílias, seguido por carnês (21,4%) e crédito pessoal (8,8%). O aumento do consumo no final do ano, aliado ao 13º salário e férias, contribui para o crescimento das dívidas.
De acordo com os dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em 2023 o índice de famílias endividadas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros foi de 61,4%.
Já em 2024, o número aumento quase três pontos percentuais. Segundo a pesquisa, as famílias com renda até 10 salários mínimos, ou seja, que recebem até R$ 14.120,00, são as mais endividadas e 67,8% estão inadimplentes. Entre as famílias que recebem 10 salários mínimos ou mais, apenas 51% estão endividas.
De acordo com o levantamento, 46,6% dos entrevistados têm contas em atraso e 41,3%% não terão condições de pagar as dívidas atrasadas.
O cartão de crédito continua sendo o maior vilão das famílias campo-grandenses, que responde por 75,6%, seguido dos carnês (21,4%) e crédito pessoal (8,8%).
"Final de ano é um período em que as famílias aumentam seu consumo, mas também há um aporte financeiro com 13º. salário, férias e, por isso, vemos o crescimento de dívidas como cartão de crédito e crédito pessoal", explica a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS (IPF/MS), Regiane Dedé de Oliveira.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.