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Economia

MS abate 160 mil cabeças de gado a menos no 2º trimestre de 2015, segundo IBGE

Liana Feitosa | 15/09/2015 10:05
No Estado, queda foi de 16,1%. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
No Estado, queda foi de 16,1%. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul abateu 160 mil cabeças de gado a menos no 2º trimestre de 2015 em comparação com o mesmo período de 2014, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado nesta terça-feira (15).

No Estado, a queda de 16,1% segue tendência do primeiro trimestre, quando deixou de abater 118 mil cabeças de gado. O desaquecimento também foi registrado em níveis nacionais, que apontou que 912 mil cabeças de bovinos deixaram de ser abatidas no Brasil nos meses de abril, maio e junho.

O estado que mais deixou de abater foi Mato Grosso, com 202 mil cabeças a menos, seguido de Mato Grosso do Sul (-160,73 mil) e Goiás, com 131 mil cabeças a menos. Mato Grosso ainda lidera o abate de bovinos, seguido por Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Preço - A diminuição da quantidade de bovinos abatidos no país manteve a média mensal dos preços da arroba mais alta nesses últimos três meses do que na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Em junho de 2014, por exemplo, o preço da arroba de carcaça de boi gordo custou média de R$ 121,70. Já em junho de 2015, a média foi de R$ 146,19.

Exportação - Outros dados, esses do Secex (Secretaria de Comércio Exterior), apontam que a queda na quantidade de gado abatido não resultou em desaquecimento nas exportações.

Segundo o órgão, as exportações brasileiras de carne bovina in natura aumentaram em volume e faturamento no comparativo com o trimestre imediatamente anterior. Mas, no comparativo com o 2º trimestre de 2014, o volume exportado neste ano foi menor.

Futuro - Para o presidente da Assocarnes (Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carnes de Mato Grosso do Sul), João Alberto Dias, os números em queda são reflexo do recuo na oferta de animais acabados para abate.

"Estamos vivendo esse período de queda durante todo esse ano, não temos animais suficientes pra atender todas as unidades instaladas no Estado em sua capacidade total. Outro fator que influencia é a economia, que está em uma retração muito grande, isso tem afetado alguns negócios", explica.

Expectativa - No entanto, o presidente afirma que já foi registrado pequeno aquecimento no Estado no final de agosto e início de setembro, índices que não entram neste levantamento do IBGE.

"O volume de abate voltou a se elevar agora. Os dois últimos semestres são sempre mais aquecidos para o setor, os negócios se realizam de forma mais dinâmica e rápida nesse período. Portanto, a expectativa é positiva para este final de ano", finaliza.

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