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Economia

Na lanterna, MS recebe um dos menores investimentos federais em turismo

Bodoquena foi o município que mais recebeu investimentos, cerca de R$ 1 milhão em 3 anos

Por Guilherme Correia e Silvia Frias | 30/01/2025 14:44
Na lanterna, MS recebe um dos menores investimentos federais em turismo
Rio Formoso, em Bonito, um dos principais pontos turísticos de MS. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Dados sobre investimentos do governo federal para o turismo analisados pelo Campo Grande News nesta quinta-feira (30) mostram que Mato Grosso do Sul, em 2022, recebeu  R$ 1,1 milhão, valor que aumentou para R$ 4,2 milhões em 2023, mas caiu em 2024 para apenas R$ 581.020,46.

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Mato Grosso do Sul recebeu um dos menores investimentos federais em turismo nos últimos três anos, totalizando R$ 5,8 milhões, enquanto estados como Bahia e Pernambuco receberam R$ 72,2 milhões e R$ 105,1 milhões, respectivamente. Bodoquena liderou os investimentos em MS, com R$ 1 milhão, seguido por Coxim e Jardim. Bonito, destino turístico conhecido, ficou em quinto lugar. O estado também recebeu baixos repasses constitucionais do Ministério do Turismo, ocupando as últimas posições no ranking nacional. O Ministério do Turismo informou que liberou mais de R$ 5,9 milhões em crédito para empreendimentos turísticos em MS e que tem focado em ampliar a conectividade aérea, incluindo voos para Bonito. Há 28 contratos de repasse para obras de infraestrutura turística no estado, totalizando R$ 43,7 milhões.

Enquanto MS recebeu pouco mais de R$ 5,8 milhões somando os três anos, estados como Bahia e Pernambuco foram beneficiados com R$ 72,2 milhões e R$ 105,1 milhões, respectivamente.

Outros estados da região Centro-Oeste também superaram o sul-mato-grossense. Goiás recebeu R$ 7,9 milhões em 2022, R$ 13,5 milhões em 2023 e R$ 4,8 milhões em 2024, total de R$ 26,2 milhões.

Mato Grosso obteve R$ 2,2 milhões em 2022, R$ 8,9 milhões em 2023 e R$ 741.487,20 em 2024, somando R$ 11,8 milhões.

Pernambuco foi estado que mais recebeu recursos em 2023, com R$ 70,9 milhões, valor quase 17 vezes maior que o repassado para MS no mesmo ano. Minas Gerais também se destacou, com R$ 47,7 milhões em 2023, apesar de queda para R$ 10,7 milhões no ano seguinte.

Já no Sul, Rio Grande do Sul recebeu R$ 85,7 milhões no período, enquanto Santa Catarina obteve R$ 33,4 milhões.

Na lanterna, MS recebe um dos menores investimentos federais em turismo
Uma das cachoeiras em Bodoquema, mas uma região de forte apelo ecológico de MS. (Foto: Ministério do Turismo)

Bodoquena lidera e Bonito fica em quinto lugar - Bodoquena foi o município que mais recebeu investimentos, com cerca de R$ 1 milhão em três anos.

Coxim aparece em segundo lugar, com R$ 955 mil, seguido por Jardim, que recebeu R$ 842.310,00. Aquidauana ficou em quarto lugar, com R$ 716.250,00.

Bonito, destino internacionalmente conhecido por suas cavernas, rios de águas cristalinas e ecoturismo, recebeu R$ 487.419,58, ocupando a quinta posição.

Outras cidades que aparecem na lista incluem Nioaque e Naviraí, ambas com R$ 335.755,00. Porto Murtinho recebeu R$ 238.856,00, mesmo valor que a capital Campo Grande recebeu.

Na lanterna, MS recebe um dos menores investimentos federais em turismo
Flagrante de onça dentro de rio em Miranda. (Foto: Divulgação Refúgio Caiman)

Despesas obrigatórias - Nos últimos três anos, o Estado recebeu também alguns dos menores repasses constitucionais do Ministério do Turismo, aqueles que são obrigatórios e independem de novos projetos de investimento.

O total geral no país cresceu de R$ 1,45 bilhão em 2022 para R$ 2,77 bilhões em 2024, mas Mato Grosso do Sul permaneceu entre os com menores volumes de recursos, inclusive com redução nos dois anos de gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2022, último de Jair Bolsonaro (PL), MS recebeu R$ 1.462.115,91, valor que caiu para R$ 1.299.449,65 em 2023 e manteve-se praticamente estável em 2024, com R$ 1.224.453,67.

Tais números colocam o estado na 23ª posição em 2022 e 2023, e na 24ª em 2024, à frente apenas de Rondônia, Acre e Amapá, em valores brutos.

Por outro lado, nas despesas obrigatórias, segundo os dados, o Distrito Federal e Rio Grande do Sul tiveram os maiores repasses. Em 2022, por exemplo, o DF recebeu R$ 173,8 milhões, mais de 100 vezes o valor destinado a MS.

Para onde o dinheiro vai? - Procurado pelo Campo Grande News, o Ministério do Turismo afirmou que o valor liberado pelo Fungetur (Fundo Geral de Turismo) para concessão de crédito a empreendimentos turísticos em Mato Grosso do Sul foi de cerca de R$ 2,490 milhões em 2023 e R$ 3,457 milhões em 2024.

O valor apresentado é maior que o descrito nos dados oficiais do governo, já que eles não necessariamente foram gastos, apenas liberados.

Segundo a pasta, o trabalho desde 2023 tem sido focado em ampliar a conectividade aérea em todo o país, por meio do “Conheça o Brasil: Voando”, uma parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos e a ABEAR (Associação Brasileiras das Empresas Aéreas), “que busca facilitar viagens de brasileiros no território nacional”.

Segundo o governo, neste verão, houve 10,7% a mais de voos disponíveis para diversos destinos do país na comparação com 2023, incluindo aumento da empresa Gol de voos “rumo a cidades grandes receptoras de turistas, como Bonito”.

Em vigência, há 28 contratos de repasse para a realização de obras de infraestrutura turística no Mato Grosso do Sul, que totalizam R$ 43,7 milhões.

Em Bonito, a pasta “apoia a construção de uma praça e a reforma do Centro de Atendimento ao Turista, além da revitalização da Feira do Produtor Rural”, enquanto Aquidauana tem suporte para “reforma do Centro de Comercialização de Produtos Associados ao Turismo”.

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