Pelo 2º mês seguido, preço da cesta básica na Capital é o mais alto do País
Pelo 2º mês consecutivo, o preço da cesta básica em Campo Grande é o mais alto entre 16 capitais brasileiras, pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos). A vilã de março foi a batata, que registrou elevação de 67,98%. O tomate continua na lista dos produtos com maior percentual de aumento.
No terceiro mês do ano, o trabalhador campo-grandense pagou R$ 329,61 pela cesta básica contra R$ 292,09 em fevereiro, um reajuste de 12,85%. A variação foi a maior observada, seguida de perto por Goiânia (12,61%), Porto Alegre (12,52%) e Curitiba (12,29%).
Depois da batata, o produto que mais subiu de preço foi o da banana (35,52%), seguido pelo tomate (23,40%), feijão (20,43%), carne (6,88%), óleo de soja (5,62%), açúcar (4,88%), leite (3,73%), pão francês (2,58%), farinha de trigo (2,21%), manteiga (2,15%) e café (1,56%). Dos 13 itens pesquisados, só valor do arroz baixou (-0,46%).
A falta de chuva, aliada ao aumento de demanda, teria sido o grande responsável pelo reajuste dos produtos, como a batata, banana, tomate e feijão. Fora o tomate, os demais itens estavam em trajetória de queda no mês de fevereiro e acabaram sofrendo expressiva reversão, de acordo com levantamento do Dieese.
Salário - Diante do aumento, no mês de março, quase metade do rendimento líquido do salário mínimo (49,48%) foi comprometido na aquisição dos 13 itens da cesta básica, contra 43,85% no mês anterior.
Em fevereiro, o preço do tomate disparou em Campo Grande e a fruta foi a vilã da cesta básica. Segundo o Dieese, a fruta custou, em média, R$ 4,23, 47,9% a mais que em janeiro.
A alta foi uma das principais causas da variação de 1,22% da cesta básica, após queda 4,19% no mês anterior. Por isso, em fevereiro, o trabalhador pagou R$ 292,09 pelos 13 itens da cesta contra R$ 288,57, em janeiro.