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Economia

Pesca esportiva já movimenta reservas na rede hoteleira do Pantanal

Fundação de Turismo acredita que visitantes irão gastar mais neste período do ano

Por Alison Silva | 01/02/2024 17:56
Pescadores fazem pesca esportiva no município de Corumbá (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Pescadores fazem pesca esportiva no município de Corumbá (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

Com a modalidade amadora de pesque e solte liberada nas calhas dos rios Paraguai e Paraná a partir desta quinta-feira (1º), alguns hotéis de Corumbá, município situado na região pantaneira e distante 428 km da Capital, já destacam o aumento da procura pelas reservas em virtude da pesca.

Nessa modalidade, o pescador pode fisgar o peixe usando anzóis lisos e deve devolvê-lo imediatamente à água para garantir a sobrevivência do animal mediante uma autorização ambiental emitida por meio do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

Dono do Pesqueiro Anhuma, Átila Rodrigues, de 32 anos, disse que o momento é muito bom, melhor do que o mesmo período de 2023.

“Minha capacidade hoje é de atender 42 pessoas por dia, com um pacote no valor diário de R$ 500 com tudo incluso, pacotes que representam cerca de 90% das minhas vendas durante o ano”, disse ao Campo Grande News. 

Terceira geração de uma família de pescadores, ele destaca que o movimento tende a aumentar a partir de março, quando os pescadores seguem para o Rio Miranda.

“Atualmente, tenho 60 reservas agendadas somente para fevereiro, e ainda estamos no início do mês. No geral, os clientes gostam muito do Rio Miranda, se organizam a partir do mês que vem, período em que a temporada começa pra valer para nós aqui também”, finalizou.

Para Joyce Marques, de 51 anos, que possui 17 barcos-hotéis, o movimento de Corumbá já é grande neste início de ano. Natural de São Paulo, ela vive há 30 anos na região e atende cerca de 100 pessoas por dia.

“A maioria dos barcos já saiu ontem, e o pessoal já começa a chegar no município”, falou. Por lá, os pacotes variam entre R$ 3,5 mil e R$ 7 mil, valores que equivalem a uma semana, com tudo incluso, desde refeições até o uso das embarcações.

“É muito bonito ver o pessoal por aqui, sobretudo neste período, já que 80% das pescas por aqui não envolvem a morte dos peixes desde 2020”, disse.

Para o diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Bruno Wendling, a expectativa com a modalidade de pesca neste período está alta e é de que o consumo médio dos turistas cresça.

“Esperamos manter o fluxo de anos anteriores, que é muito bom. A taxa de ocupação dos barcos-hotéis é próxima a 100% anualmente e dos pesqueiros cerca de 80%. O que esperamos é aumentar o ticket médio, ou seja, o gasto médio do turista na região. Esperamos que ele consuma cada vez mais nas cidades como Corumbá, Porto Murtinho e destinos próximo ao Rio Paraguai e localidades onde se pratica a pesca esportiva em Mato Grosso do Sul. Isso é o mais importante, pois o fluxo é adequado para a oferta”, explica.

Cautela - O desrespeito à legislação pode levar os pescadores a serem detidos e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para lavratura do auto de prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção. Além do mais, terão todo o material de pesca, motor de popa, barcos e veículos utilizados na pescaria apreendidos, além de serem multados administrativamente.

Apesar da medida, o período de defeso das espécies, entretanto, continua vigente em todo Estado até dia 28 de fevereiro. Nesse ínterim, nenhum peixe pode ser retirado dos rios, a não ser nas exceções previstas na lei.

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