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Economia

Petrobras firma aditivo para compra de gás boliviano transportado por MS

Podendo transportar 30 milhões de m³ por dia, MS ficou com 50% da capacidade ociosa em 2023

Por Jhefferson Gamarra | 20/12/2023 15:10
Estatal boliviana YPBF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) que firmou contrato com a Petrobras (Foto: Divulgação)
Estatal boliviana YPBF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) que firmou contrato com a Petrobras (Foto: Divulgação)

A Petrobras estabeleceu um novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a estatal boliviana YPBF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos). O acordo, firmado na última semana, impacta positivamente Mato Grosso do Sul, que mantém um gasoduto com capacidade total de 30 milhões de metros cúbicos por dia, embora tenha registrado uma média de 14 milhões de metros cúbicos de gás boliviano diariamente neste ano.

Segundo a Petrobras, o aditivo foi concretizado após procedimentos internos de governança e tem como principal alteração a flexibilidade no perfil de entregas do volume total de gás contratado. Isso se dá em função da disponibilidade de gás para exportação por parte da YPFB.

O novo contrato mantém o volume máximo de 20 milhões de metros cúbicos por dia, porém, introduz uma maior flexibilização nos compromissos firmes de entrega e recebimento. Essa flexibilidade será adaptada à sazonalidade e à oferta disponível no mercado.

De acordo com a Petrobras, esses termos asseguram o equilíbrio contratual entre as empresas envolvidas, possibilitando inclusive a venda adicional de gás pela YPFB para outros importadores brasileiros. Além disso, oferecem maior segurança e previsibilidade no suprimento de gás para o mercado atendido pela Petrobras.

Jaime Verruck, responsável pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), ressaltou a importância estratégica dessa decisão para o Brasil e seu impacto direto na arrecadação do Estado. Ele apontou que a retomada do contrato com um aumento significativo na compra de gás natural é altamente favorável, especialmente considerando a capacidade ociosa de 50% no transporte do gasoduto ao longo deste ano.

O secretário destacou ainda que, com a compra de 20 milhões de metros cúbicos de gás, ainda restarão 10 milhões de metros cúbicos disponíveis para empresas brasileiras estabelecerem contratos diretos com a Bolívia, utilizando o gasoduto.

"Neste ano, tivemos uma ociosidade de 50% no transporte do gasoduto. Então esta retomada de contrato por parte da Petrobras com maior compra de gás natural é muito favorável ao Estado. Pelo contrato, a compra será de 20 milhões de metros cúbicos de gás. Diante de nossa capacidade total, ainda terá 10 milhões de m³ disponíveis as empresas brasileiras que poderão fazer contratos diretos com a Bolívia para utilizar este gasoduto", explicou Verruck.

Verruck também salientou que o contrato de compra de gás pela Petrobras indica um sinal positivo para o abastecimento da UFN3, avaliando que o acordo, com validade de dois anos, pode suprir a demanda de 2,5 milhões de metros cúbicos de gás pela fábrica de fertilizantes instalada em Três Lagoas.

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