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Economia

Preço do álcool cai e da gasolina sobe a partir de 4ª feira

Valores serão alterados com as mudanças nas alíquotas do ICMS dos combustíveis a partir do dia 12

Rosana Siqueira | 10/02/2020 15:30
Meta do Governo é elevar o consumo de etanol no Estado e reduzir o de gasolina (Arquivo)
Meta do Governo é elevar o consumo de etanol no Estado e reduzir o de gasolina (Arquivo)

A partir da próxima quarta-feira, o litro médio da gasolina deve passar de R$ 4,24 para R$ 4,48 em Campo Grande. Já o álcool, que tem custo médio de R$ 3,60 na Capital, deverá recuar para R$ 3,44. No dia 12 de fevereiro, entra em vigor a lei nº 5434, que altera alíquotas de ICMS da gasolina de 25% para 30% e a redução do álcool de 25% para 20%. 

Na avaliação do Sindicato dos Postos de Combustíveis de Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro), a alteração vai corresponder a R$ 0,24 a mais no preço da gasolina, mas por outro lado haverá queda no litro do etanol na ordem de R$ 0,16.

Na avaliação do Governo do Estado, a medida deve dar maior competitividade ao etanol produzido no Estado e estimular o consumo interno desse combustível.

De acordo com o secretário de Fazenda, Felipe Mattos, o projeto visa criar um novo mercado de insumos e diversificar a matriz econômica. Atualmente, toda a gasolina consumida pelos veículos automotores do Mato Grosso do Sul é trazida de outros estados.

“Além do desenvolvimento regional que o aumento da comercialização do álcool carburante vai proporcionar com a geração de novos postos de trabalho e o aquecimento da economia, está sendo consolidada uma nova matriz econômica no Estado. É imprescindível destacar ainda que a medida atende a apelos ecológicos, haja vista que o álcool é menos poluente à atmosfera”, explica.

Preço novo - Na avaliação do Sinpetro, a medida poderá agravar o quadro de fechamento dos estabelecimentos no Estado. “Os postos principalmente da Capital passam por momentos críticos devido, primeiro pela acirrada concorrência (148 postos só na Capital), às vezes até predatória. Os compromissos de contratos com as distribuidoras continuam, mas o volume de vendas sempre cai entre dezembro até março em média de 30%. Temos somente na Capital 28 postos fechados, aguardando a economia voltar a crescer”, avalia o gerente executivo do Sinpetro, Edson Lazaroto .

Mesmo assim ele destaca que o setor vai aguardar a quarta-feira para ver como o mercado reage. “Vamos esperar o mercado se projeta a partir de quarta feira e como fica a situação ou se reverterá se o consumidor vai optar abastecer pelo etanol ou não”, destaca.

Ele frisa que pelos cálculos do Sinpetro, a relação entre o consumo de gasolina e álcool está hoje em 76% e por isso não compensaria abastecer com etanol, mesmo depois da nova alíquota, porque só vale o abastecimento quando o valor do etanol está abaixo de 70% do custo da gasolina. “Neste momento pela equação o etanol não está competitivo temos que aguardar para ver o que vai ocorrer a partir da próxima semana”, enfatizou.

No Estado, segundo o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o custo médio da gasolina está em R$ 4,34 e o valor maior chega a R$ 4,84. Já o etanol tem valor médio no Estado de R$ 3,79.

Hoje os impostos estaduais e federais somados ultrapassam 48% do preço final do produto, segundo o sindicato. Confirma mais dados no gráfico abaixo.

Gráfico mostra consumo de combustíveis no Estado e quano rende o ICMS. (Arte: Ricardo Gael)
Gráfico mostra consumo de combustíveis no Estado e quano rende o ICMS. (Arte: Ricardo Gael)
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