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Economia

Proaves já atrai ‘os olhos’ de mais três indústrias da cadeia para MS

Programa foi lançado hoje e fecha incentivo de todos os setores produtivos pecuários

Gabriela Couto | 22/09/2022 12:45
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assinando convênio que garante benefícios ao setor de avicultura. (Foto: Chico Ribeiro)
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) assinando convênio que garante benefícios ao setor de avicultura. (Foto: Chico Ribeiro)

O governo do Estado lançou hoje (22) o Proaves (Plano Estadual de Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Avicultura de Corte do Mato Grosso do Sul). Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o Estado fecha o apoio a todo os setores produtivos pecuários.

“A avicultura não tinha benefício direto. Mas agora teremos melhorias nas estradas vicinais, incentivar a energia solar com redução de custo, novos investimentos com estradas vicinais melhores, redução de impostos e uma resolução em que parte do ICMS retorna ao produtor. Com isso já temos três empresas interessadas em vir para Mato Grosso do Sul. A preocupação ainda é a mão de obra”, afirmou.

Secretário Jaime Verruck apresenta Plano Estadual de Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Avicultura. (Foto: Chico Ribeiro)
Secretário Jaime Verruck apresenta Plano Estadual de Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Avicultura. (Foto: Chico Ribeiro)

Para participar é preciso cumprir os critérios do programa. Dentre eles as legislações ambientais, trabalhistas, sanitárias, tributárias e necessariamente terá que participar de uma associação.

Hoje o Estado é o oitavo no ranking nacional de produção de frangos, ao em torno de 400 mil toneladas. A estratégia é aumentar os 554 núcleos de produção que possuem capacidade de alojar mais de 84 milhões de aves.

Entra como prioridade deixar de exportar o milho e a ração de aves para os produtores de outros estados, para usar na produção de aves sul-mato-grossenses. Bem como descentralizar a produção no Estado e incentivar os pequenos produtores.

Kelma Torezan Carrenho, presidente da Avimasul (Associação dos Avicultores de MS). (Foto: Chico Ribeiro)
Kelma Torezan Carrenho, presidente da Avimasul (Associação dos Avicultores de MS). (Foto: Chico Ribeiro)

Kelma Torezan Carrenho, presidente da Avimasul (Associação dos Avicultores de MS), afirma que os incentivos são um divisor de águas para o setor. “Esse programa era um sonho do setor. Agora vamos ser cada vez mais produtivos. A gente ficava preso ao custo de produção e vamos ter um incentivo a mais agora.”

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que já tinha conversado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a importância de dar um crédito específico para cada setor. “Nosso FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) já estava tomado no meio deste ano. Isso nunca aconteceu antes na história de Mato Grosso do Sul. Por isso precisamos ampliar mais.”

Ele explicou que os benefícios não seguir o mesmo norte dos outros programas de incentivo pecuário. “Consolidamos mais uma política estadual e vamos terminar os oito anos consolidando política de fomento a todos os setores. É um ganho adicional ao produtor que vai produzir mais frango de qualidade para as empresas que existem e vão existir. Vamos subir no ranking da avicultura.”

Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) durante entrevista após lançamento do Proaves. (Foto: Chico Ribeiro)
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) durante entrevista após lançamento do Proaves. (Foto: Chico Ribeiro)

O Proape Frango Vida irá dar incentivo fiscal de até 50% aos produtores. “Melhora a tecnologia e competitividade. São R$ 30 milhões iniciais. É dinheiro na veia do produtor.  Tem dado muito certo nas outras cadeias. Os aviários mais antigos não conseguem acompanhar a tecnologia nova. Precisa melhorar o desempenho e isso tem custo. Vai conseguir mudar um pouco o seu perfil produtivo. É a politica do ganha-ganha. Não tenho duvidas que vamos crescer a produção, o consumo e as exportações de frango de Mato Grosso do Sul.”

O presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) , Marcelo  Bertoni, ressaltou que era um pedido antigo dos produtores. “Desde 2011 pediam que se criasse isso para ter um ganho a mais na produção. É uma garantia para uma cadeia que está crescendo, mas que depende dos preços dos insumos que flutuam muito e geram 50 mil empregos formais.”

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