Produtora de laranja vai investir R$ 1,2 bilhão em MS
As negociações tiveram início em maio, durante o MS Day Internacional, em Nova Iorque
O Governo do Estado anunciou que Mato Grosso do Sul vai receber investimento de R$ 1,2 bilhão da empresa Cambuhy Agropecuária (Grupo Moreira Salles), que é considerada o “novo cinturão citrícola” do Brasil.
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O Governo de Mato Grosso do Sul anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhão da Cambuhy Agropecuária (Grupo Moreira Salles) para a criação de um novo cinturão citrícola no estado. As negociações iniciaram em maio durante o MS Day Internacional em Nova Iorque e foram impulsionadas pelo problema do greening que atinge a produção paulista. A empresa escolheu Mato Grosso do Sul devido à sua legislação rígida, ambiente de negócios favorável e aptidão agrícola. O investimento, que visa colher 8 milhões de caixas de laranja em quatro anos, gerará 1,2 mil empregos diretos e 2,4 mil indiretos.
O governador Eduardo Riedel recebeu, na terça-feira (5), os empresários do grupo Pedro Moreira Salles, João Moreira Salles, Rogério Braga Moreira Salles e o diretor-geral, Alexandre Tachibana.
As negociações tiveram início em maio, durante o MS Day Internacional, em Nova Iorque – nos Estados Unidos.
“A primeira reunião que realizamos foi em Nova Iorque. A empresa nos procurou no MS Day para discutir a possibilidade de implantar um projeto de laranja em Mato Grosso do Sul, do grupo Moreira Salles. O Estado tem ambiente de negócios, com definição de cronograma de licenciamento ambiental, a questão de incentivo, melhoria de infraestrutura, e as medidas sanitárias que nós tínhamos contra a doença do greening (doença bacteriana que causa improdutividade)”, explicou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
A área de plantio de laranja da empresa fica em Ribas do Rio Pardo e deve iniciar neste ano. A previsão é de investir ao longo de quatro anos e meta de colher 8 milhões de caixas da fruta.
Segundo Alexandre Tachibana, serão gerados em torno de 1,2 mil empregos diretos e 2,4 mil indiretos.
“O que nos trouxe para cá foi o greening, que ameaça 70% da área da citricultura do estado de São Paulo. Houve uma busca por uma nova fronteira, entre Minas Gerais e o Mato Grosso do Sul, o novo ‘cinturão citrícola’. E a gente escolheu essa região”, explicou.
Potencial - O secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, explicou que as ações de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul são voltadas para diferentes áreas e beneficiam todos os municípios.
“O Estado tem se estruturado em algumas cadeias produtivas de uma forma que garante competitividade para o investidor. Além disso, é um bom momento nos quesitos de transparência, gestão fiscal, além da aptidão agrícola para a atividade. E em Nova Iorque se consolidou muito forte essa discussão, a gente teve reunião com alguns grandes grupos. O Estado está apresentando o potencial nos mais diversos eventos como Nova Iorque, Londres, tudo isso vem abrindo bastante o mercado para o Mato Grosso do Sul”, afirmou.
O cenário positivo contribuiu para vinda de novos investidores de São Paulo, em função da expansão da doença greening no estado paulista, que já afetou a produção que é a maior do País.
Mato Grosso do Sul tem uma legislação rígida, com 'tolerância zero' à doença. A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), inclusive, emitiu um alerta aos produtores rurais e a população geral sobre o perigo da compra de mudas irregulares.
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