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Economia

Riedel defende repactuação como saída mais rápida para retomada da Malha Oeste

Declaração veio após ministro do TCU inadmitir pedido de renegociação da concessão ferroviária

Por Lucas Mamédio e Mylena Fraiha | 23/05/2025 16:07
Riedel defende repactuação como saída mais rápida para retomada da Malha Oeste
Trechp da Malha Oeste em Corumbá (Foto: Divulgaçao)

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), defendeu nesta semana que a repactuação da concessão da Malha Oeste seria uma solução menos prejudicial do que a realização de uma nova licitação. A declaração foi dada após o despacho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, que inadmitiu o pedido de renegociação da concessão ferroviária.

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), defendeu a repactuação da concessão da Malha Oeste como alternativa mais eficiente à nova licitação, após o ministro do TCU, Aroldo Cedraz, inadmitir o pedido de renegociação. Segundo Riedel, uma nova concorrência poderia paralisar investimentos por até dez anos. A Malha Oeste, ferrovia que liga Corumbá (MS) a Mairinque (SP), com 1.973 km de extensão, foi concedida à iniciativa privada nos anos 1990 e é operada pela Rumo. Caso a decisão do TCU seja mantida em plenário, novo leilão está previsto para maio de 2026, com a atual concessionária podendo participar da disputa.

“Ou faz a repactuação, ou vai para uma nova licitação. Uma nova licitação provavelmente não vai acontecer nada por mais cinco, seis ou dez anos. A repactuação, eu acredito”, afirmou Riedel, citando como exemplo o recente acordo firmado sobre a BR-163. O governador destacou que a experiência mostra que esse tipo de ajuste contratual permite iniciar investimentos mais rapidamente, evitando a paralisia do serviço.

A decisão do TCU, embora ainda não definitiva, pegou o setor de infraestrutura de surpresa. O ministro Aroldo Cedraz inadmitiu o pedido de renegociação, argumentando que as alterações pretendidas violariam a exigência constitucional de prévia licitação. O caso será analisado pelo plenário do tribunal.

A Malha Oeste é uma ferrovia com cerca de 1.973 km de extensão, ligando Corumbá (MS) a Mairinque (SP). Construída no século 19, o trecho foi concedido à iniciativa privada na década de 1990 e atualmente é operado pela Rumo. A expectativa do governo estadual e de especialistas em infraestrutura é que, com investimentos, o ramal possa ser modernizado e integrado à Malha Paulista, aumentando sua eficiência no transporte de cargas.

Riedel defende repactuação como saída mais rápida para retomada da Malha Oeste
Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) (Foto: Paulo Francis)

Nova licitação deve levar anos - Na avaliação de Riedel, repetir o modelo de repactuação aplicado à BR-163 evitaria um longo período de incerteza. “A nova licitação, provavelmente daqui a cinco anos, seis anos e, até lá, cobrando pedágio e sem nenhum real aplicado. A repactuação deu a condição da gente fazer esse investimento que vai ser feito”, reforçou.

O governador também afirmou que respeita os argumentos do ministro Cedraz, mas ponderou que a decisão monocrática não encerra o tema. “Foi um voto que agora vai para o plenário, não é que o TCU não liberou. É uma discussão técnica e que a gente vai fazê-la dentro do pleno do TCU.”

Com a decisão do TCU, o processo segue para o plenário e, caso mantida a inadmissão da renegociação, o governo federal deverá estruturar um novo leilão, previsto para ocorrer em maio de 2026. A atual concessionária, a Rumo, terá de disputar novamente a concessão se quiser manter a operação do trecho.

A renegociação, caso fosse admitida, permitiria um modelo no qual a concessionária investiria na rebitolagem e em melhorias imediatas, evitando o prolongamento da inatividade da ferrovia.

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