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Economia

Último painel sobre a Rota Bioceânica destaca interação de setores

Nyelder Rodrigues e Fernanda Yafusso | 29/07/2016 22:56
Gestores discutiram aplicação e futuro dos tratativas no último painel do seminário (Foto: Fernanda Yafusso)
Gestores discutiram aplicação e futuro dos tratativas no último painel do seminário (Foto: Fernanda Yafusso)

O Seminário Corredor Bioceânico Rodoviário "Brasil, Praguai, Argentina e Chile" chegou ao fim na noite de sexta-feira (29), com um painel que reuniu gestores federais e regionais para conversar sobre os próximos passos do projeto. A interação entre Estado, setor privador e acadêmia foi considerada como fundamental para que as ideias sejam implementadas.

Entre os participantes, estavam o ministro de carreira do Ministério das Relações Exteriores e coordenador de Assuntos Econômicos da América Latina e Caribe, João Carlos Parkinson, o subsecretário da Receita Federal, Ronaldo Lázaro Medina, e o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Miglioli.

Parkinson destacou a necessidade dos três pilares seguirem interagindo até a realização do próximo encontro, que acontecerá em Salta, na Argentina, em data a ainda a ser definida. Além disso, ele pede que seja estabelecido, a partir desses pilares, uma metodologia de trabalho para implantação de ações conjuntas.

"É necessário que haja agilidade nesse processo. Preciso criar uma coordenação entre as aduanas, que são um grande desafio, e que elas sejam ligadas através da cooperação, funcionem em um horário padrão, para que não hajam descompassos", comenta Parkinson.

A mesma linha de pensamento foi seguida por Medina, que frisou a necessidade de investimento em tecnologia. "A performance ideal para as aduanas seria com um sistema em que não houvessem paradas entre a saída do país exportador e o porto. Precisaria um único documento de trânsito digital, sem papéis. A tecnologia tem que ser usada à favor", argumenta.

Durante o dia, foram abordadas em palestras as perspectivas dos países integrantes da Rota - Brasil, Paraguai, Argentina e Chile - e as oportunidades comerciais e de investimento e incentivos que o corredor pode proporcionar.

De acordo com Marcelo Miglioli, a expectativa de Mato Grosso do Sul ao realizar o Seminário era justamente aproximar os quatro países e inteirar a sociedade sobre o projeto, discutindo perspectivas, experiências e oportunidades.

Também foram apresentadas experiências internacionais na implantação do Corredor Mesoamericano de Integração e do Unipass, um sistema sul-coreano utilizado dar linearidade a procedimentos alfandegários. Representantes da Argentina apresentaram a infraestrutura e as oportunidades de investimentos comerciais das províncias de Salta e Jujuy, onde destacou-se o Plano Belgrano.

Tal iniciativa foi o principal norteador dos investimentos argentinos em infraestrutura. Também foram expostas e novo as estruturas dos principais portos chilenos de Antofagasta, Arica e Iquique, que juntos receberão investimentos de U$ 64,3 milhões para reparos e expansão.

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