Às vésperas do Enem, psicóloga explica como lidar com ansiedade e nervosismo
Organizar os pensamentos, buscar rede de apoio e acolher a si mesmo estão entre as dicas da profissional
A primeira etapa do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) está chegando para as 51.199 pessoas que irão fazer a prova em Mato Grosso do Sul. Faltando poucos dias para o vestibular, que é visto como decisivo por muitos estudantes, é normal sentir nervosismo e até mesmo estresse. Mas, como lidar com esses sentimentos às vésperas ou no dia da prova? A psicóloga educacional, Natália Silveira fala sobre esse e outros temas.
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O Enem se aproxima e, com ele, a ansiedade e o estresse para os estudantes. Natália Silveira, psicóloga educacional, destaca a importância de organizar os pensamentos, confiar em si mesmo e buscar apoio da rede social. Para lidar com a ansiedade, ela recomenda técnicas de relaxamento, pensamentos positivos e fortalecer a autoestima. É fundamental impor limites às cobranças externas e entender que a nota no Enem não define a capacidade do estudante. Em caso de frustração, é importante lidar com as emoções, buscar alternativas e, se necessário, procurar ajuda profissional.
Organizar os pensamentos de uma forma saudável é o primeiro ponto que a psicóloga educacional faz questão de enfatizar. “É muito comum, nessa época, surgir pensamentos ansiosos. Então, entenda que é importante confiar no seu trabalho e esforço”, diz.
Ser compreensivo consigo mesmo e entender que fez o possível até agora são outros pontos que ela destaca que podem ajudar. Além de trabalhar o autoacolhimento e compreendê-lo, a profissional comenta que também é importante estar conectado com a sua rede de apoio. “Priorize tempos de lazer com a família, consigo mesmo e amigos. Estar perto de pessoas que se sente confortável te ajudará com o psicológico”, afirma.
A ansiedade é mais uma emoção que aparece, principalmente, antes de uma prova como o Enem. Por isso, a psicóloga pede que os vestibulandos tomem cuidado com esse sentimento e, se ele aparecer, uma boa forma de lidar é novamente organizar os pensamentos, avaliar a sua capacidade e perceber seus pontos fortes.
Além de organizar os pensamentos, Natália explica como tentar controlar, na prática, a ansiedade. O primeiro passo, segundo ela, é acalmar o seu corpo. “Respire profundamente, tente fazer isso, pelo menos, umas 10 vezes. Faça relaxamento muscular, contraia e relaxe o seu corpo. Após isso, tenha pensamentos positivos sobre você mesmo, envie falas que fortaleçam a sua autoestima e confiança. Isso acalmará a sua ansiedade e fará você se sentir mais competente”, fala.
Fora a autocobrança, alguns vestibulandos também lidam com a expectativa e cobrança que, muitas vezes, vem da escola e família. “O que consequentemente, gera um turbilhão de emoções na pessoa que está realizando a prova”, esclarece a psicóloga educacional.
Por esse motivo, ela reforça que é essencial impor limites. “Saiba impor limites. Nesses momentos, podem surgir alguns comentários negativos devido cobranças injustas, então diga o quão isso te faz mal e aumenta a sua indignação”, declara.
Sua nota não te define - Por mais que ninguém queira tirar nota insuficiente para ingressar no curso desejado, a aprovação pode não vir no momento esperado. A psicóloga comenta quais são os meios para lidar com essa situação e o sentimento de fracasso que pode aparecer.
“É importante entender que a sua nota não define a sua competência. O vestibular é muito concorrido e sabemos que não há vagas para todos, então não é saudável colocar essa pressão para si mesmo. [...] Libere as suas emoções e lide com a frustração”, declara.
Ela alerta que comparações são desnecessárias e não fazem bem, já que cada pessoa tem uma realidade diferente. “Ao se comparar, você causa sofrimento para si mesmo e pode ter interpretações errôneas sobre tal situação”, esclarece.
Após liberar todas as emoções possíveis, é hora de parar e pensar nos próximos passos a partir dali. “Observe a sua realidade e veja quais outras opções pode ter. Quer estudar novamente para esse curso que escolheu? Tem tempo? Esse tempo que você tem é seu ou é o outro que está te cobrando? Tem interesse em outros cursos?”, indaga.
Por último, cuide do seu emocional e, se achar necessário, considere procurar um bom profissional para te ajudar.
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