Mesmo aderindo à Prova Nacional Docente, MS não usará nota em 2026
As notas da PND para a convocação de novos professores em 2026 e 2027 não serão utilizadas
Mesmo tendo aderido à PND (Prova Nacional Docente), criada pelo MEC (Ministério da Educação) para auxiliar estados e municípios na contratação de professores, Mato Grosso do Sul não utilizará, por enquanto, a nota da avaliação. A SED (Secretaria de Estado e Educação) confirmou que houve uma sinalização na intenção de adesão, mas o Governo Federal ainda não divulgou detalhes de como esse processo vai ocorrer e de que forma o Estado poderia utilizar a nota para seleção de novos professores.
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Mato Grosso do Sul aderiu à Prova Nacional Docente (PND), iniciativa do Ministério da Educação, mas não utilizará as notas da avaliação para contratação de professores em 2026. A Secretaria de Estado e Educação aguarda detalhes sobre o processo de implementação do novo sistema. O estado manterá seu processo seletivo tradicional, previsto para setembro ou outubro, enquanto a PND acontecerá em 26 de outubro. Atualmente, 59% dos professores da rede estadual são convocados temporariamente, e a Federação dos Trabalhadores em Educação de MS defende a realização de concurso público para mais de duas mil vagas.
Presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), Jaime Teixeira explicou que, embora a adesão tenha ocorrido, o uso efetivo da prova nacional ainda está em debate. “O governo nos colocou a seguinte questão: vamos utilizar o processo seletivo estadual, que acontece antes da PND. A nota da prova nacional ainda será discutida. O edital específico ainda não saiu”, afirmou. A prova da PND está marcada para o dia 26 de outubro, com inscrições de 14 a 25 de julho.
A avaliação de processo seletivo, no modelo já conhecido, para os novos professores do Estado está prevista para ocorrer na segunda quinzena de setembro ou primeira de outubro.
Jaime explicou que a PND não vai substituir a necessidade de concurso público e, se for utilizada, será como processo seletivo. “Temos apenas 41% dos professores efetivos na rede estadual. O restante, 59%, são convocados. O processo seletivo serve para suprir essa demanda, mas nossa bandeira é a realização de concurso público para mais de duas mil vagas. Isso garante estabilidade e direito à carreira”, defendeu.
A professora Izabel Cristina Santana vê com bons olhos a proposta da PND como ferramenta de seleção temporária. “Para o Estado e o Município, pode ser interessante para a economia. Não precisaria contratar banca a cada dois anos. Mas, como concurso público, não acho adequado. Há professores aprovados que aguardam convocação. É preciso respeitar o concurso vigente”, pontuou.
A professora Ludmila Batista dos Santos é contra o modelo proposto pelo MEC. “A concorrência será em nível nacional, com pessoas de várias regiões do Brasil disputando as mesmas vagas. Não acho justo. Cada localidade tem realidades e conteúdos específicos que precisam ser respeitados. Você pode passar na prova e acabar sendo encaminhado para um lugar totalmente diferente, que não tem nada a ver com o seu Estado”, afirmou.
De acordo com o MEC, a PND tem como objetivo criar um banco nacional de profissionais habilitados para atuar na educação básica, mas o uso da nota é facultativo. Cada ente federativo poderá decidir como e quando aproveitar os resultados da prova.
A Fetems já havia publicado nota informando que as notas do PND para a convocação de novos professores em 2026 e 2027 não seriam utilizadas. A prova estadual está mantida para garantir processo seletivo mais alinhado à realidade dos educadores de MS, com data para acontecer na segunda quinzena de setembro ou segunda de outubro.
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