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Educação e Tecnologia

Pesquisa analisa valor nutricional e importância ecológica da erva-mate

Erva-mate usada para o tereré também interessa às indústrias alimentícia, farmacológica e de cosmético

Silvia Frias | 16/04/2023 13:37
Coleta da erva-mate durante pesquisa da UFMS. (Foto/Divulgação)
Coleta da erva-mate durante pesquisa da UFMS. (Foto/Divulgação)

Pesquisa da UFMS (Universidade Federal de  Mato Grosso do Sul) analisa a importância ecológica e nutricional da erva-mate. Além de estudar a “identidade da planta”, também estão sendo avaliados os componentes nutricionais, indo além do uso para tereré ou chimarrão.

A pesquisa está sendo realizada pela estudante do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, Jacqueline Marques, sob orientação do professor Valter Aragão do Nascimento, da Faculdade de Medicina.

“O estudo da erva-mate tem um grande potencial em gerar informações tanto do ponto de vista alimentício, quanto do solo onde é cultivada, contribuindo para a melhoria da qualidade e produção. Além disso, essa espécie possui importância ecológica, pois pode contribuir para o equilíbrio do ecossistema devido a não aplicação de agrotóxico no cultivo”, explicou o professor.

Apesar do uso difundido em Mato Grosso do Sul, sendo o tereré patrimônio histórico e cultural, há deficit de informações na literatura sobre erva produzida aqui. “O Estado consome mais que produz, é necessário importar a matéria-prima de regiões vizinhas”.

Pesquisadores durante trabalho em Amambai. (Foto/Divulgação)
Pesquisadores durante trabalho em Amambai. (Foto/Divulgação)

Com a realização do projeto, a intenção é levar o conhecimento científico produzido na Faculdade de Medicina até os produtores. “Dessa forma, as informações geradas poderão contribuir para o manejo correto do solo e produção de uma erva-mate de qualidade, fortalecendo a agricultura familiar e o produto regional”, disse Jaqueline Marques.

O trabalho contou com apoio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) de Ponta Porã, que já desenvolve programa que fornece treinamento e mudas para os produtores do sul do estado, onde a erva-mate é nativa.

Na pesquisa da UFMS, foram feitas coletas de material botânico de erva-mate e solo para análise em laboratório e a obtenção de informações sobre a produção. A segunda missão científica, com o retorno aos locais de produção, está prevista para este mês. Outras missões são esperadas para ocorrer ao longo do ano em outras cidades do sul do estado como Antônio João, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Tacuru, Japorã, Laguna Caarapã, Iguatemi e Paranhos.

“A falta de informações científicas acerca da erva-mate, despertou o interesse em estudar esta espécie que tem grande importância cultural e a possibilidade de uso que vão além do tereré e do chimarrão, pois possui vasta aplicabilidade na indústria alimentícia, farmacológica e de cosméticos, disse a pesquisadora e integrante do grupo de pesquisa, Elaine Melo. Com informações da assessoria da UFMS.

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