Empresas de ônibus são as principais responsáveis pela greve, dizem leitores
Prefeitura aparece em segundo lugar, com 32%, enquanto paralisação entra no quarto dia
Para 55% dos leitores, o Consórcio Guaicurus é o principal responsável pela greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande. Outros 32% dos participantes da enquete desta quarta-feira (17) atribuem a paralisação à Prefeitura de Campo Grande. O movimento começou na segunda-feira (15) e entra no quarto dia nesta quinta-feira (18).
RESUMO
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A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande, iniciada na segunda-feira (15), divide opiniões sobre os responsáveis pela paralisação. Segundo enquete, 55% dos leitores apontam o Consórcio Guaicurus como principal culpado, enquanto 32% responsabilizam a Prefeitura Municipal. O movimento, que afeta milhares de usuários do transporte público, já acumula R$ 520 mil em multas aplicadas ao sindicato dos trabalhadores. Os motoristas alegam atraso nos salários, mas a prefeitura afirma que os repasses foram realizados regularmente, classificando a paralisação como abusiva.
Nos comentários do Facebook do Campo Grande News, as cobranças se concentram principalmente no Consórcio Guaicurus, apontado como responsável direto pelo pagamento dos salários dos motoristas. “Responsabilidade do consórcio que não deu prioridade ao pagamento dos salários. Paguem os motoristas”, escreveu Elaine Lima Pereira.
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Na mesma linha, Vanessa Paulino afirmou que, mesmo diante de eventuais atrasos nos repasses do poder público, a obrigação de pagar os funcionários é da empresa. “O consórcio é responsável pelos pagamentos e está usando os funcionários como muleta”, comentou.
A Prefeitura aparece em segundo lugar na enquete e também é alvo de críticas. Para Malvina Lima, o município “sempre aceita as regras do consórcio” e deveria abrir espaço para concorrência ou novas concessões.
Já Jordanna Conceição reforçou que o poder público falhou na fiscalização do contrato. “Se fizesse isso, poderia ter evitado a greve, inclusive com a quebra de contrato e concessão a outra empresa”, opinou.
Entre os leitores, há ainda quem demonstre dúvida sobre as versões apresentadas no impasse. Natalyna Nunes destacou a falta de transparência. “A prefeita diz uma coisa e o consórcio diz outra, mas a população não tem acesso aos contratos e comprovantes”, escreveu.
Ana Irala ponderou que, independentemente de quem seja o culpado, os trabalhadores não podem ser penalizados. “Os colaboradores não podem trabalhar de graça, eles têm família para sustentar”, afirmou.
Greve – Desde segunda-feira (15), a Capital enfrenta uma das maiores crises recentes no transporte público, com paralisação total dos ônibus, afetando milhares de passageiros que dependem do serviço para trabalhar e acessar serviços básicos. A greve ocorre em meio a um impasse entre motoristas, o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura de Campo Grande.
Os trabalhadores alegam atraso no pagamento dos salários por parte da empresa. Já a prefeitura afirma que os repasses foram feitos em dia e classifica a paralisação como abusiva, por se tratar de um serviço essencial, mesmo diante de determinação judicial para retorno escalonado da frota.
Atualmente, o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) acumula pouco mais de meio milhão de reais em multas aplicadas pela Justiça do Trabalho. Ao todo, são R$ 520 mil, somando penalidades de R$ 20 mil na segunda-feira, R$ 100 mil na terça e R$ 200 mil referentes à quarta e quinta-feira.
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