Enquete: 74% dos leitores são contra a reeleição para cargos do Executivo
Proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, e agora vai para análise em Plenário do Senado

A maioria dos leitores (74%), afirmou, na enquete realizada pelo Campo Grande News na quinta-feira (22), que é contra a reeleição para cargos do Executivo, enquanto 26% se disseram a favor da possibilidade de recondução de presidentes, governadores e prefeitos ao cargo.
O resultado veio no mesmo momento em que o tema voltou ao debate nacional com a aprovação, na quarta-feira (21), pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com a reeleição e estabelece mandatos únicos de cinco anos para todos os cargos eletivos.
Nas redes sociais do jornal, os leitores reforçaram o desejo por renovação política. “Acho que deveriam escolher novas pessoas, não reeleger”, comentou Ângela Dias. Para Marina Candido Dias, o fim da reeleição deveria se estender também ao Legislativo: “Deveria ser também para deputados e vereadores”.
A proposta aprovada no Senado também trata disso: ela prevê o aumento dos mandatos de deputados federais, estaduais, distritais, senadores e vereadores para cinco anos, com unificação de todas as eleições a partir de 2034, o que, segundo o relator, ajudaria a reduzir custos e organizar melhor o calendário eleitoral.
Outra mudança seria o fim da eleição em etapas para o Senado. Todos os 81 senadores passariam a ser eleitos de uma só vez, a cada cinco anos, a partir de 2039.
“Acabar com a reeleição e ter mandatos de cinco anos é a melhor coisa que existe. Tudo junto para economizar”, opinou Laudiceia da Silva Simas. Já Aguimarino Prado Soares Junior foi direto: “Nenhum cargo político deveria ter reeleição”.
A justificativa do autor da proposta, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), é que quem ocupa o cargo tem vantagem sobre os concorrentes, devido à visibilidade e ao uso da máquina pública, o que dificulta a renovação política.
A PEC ainda precisa passar pelo plenário do Senado e, se aprovada, segue para análise da Câmara dos Deputados. Se passar em todas as etapas, as novas regras valeriam a partir das eleições de 2030.