Nove em cada 10 moradores de Campo Grande percebem aumento no custo de vida
Mesmo com deflação registrada pelo IBGE, campo-grandenses dizem que preços continuam pesando no bolso
A percepção de quem vai às compras é clara: o dinheiro está rendendo menos. Enquete realizada pelo Campo Grande News na terça-feira (28) mostrou que 90% dos leitores consideram que o custo de vida está mais alto do que há um ano. Apenas 10% disseram não sentir diferença. A publicação gerou grande repercussão nas redes sociais, com 91 comentários de internautas relatando as dificuldades para equilibrar o orçamento.
RESUMO
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Pesquisa realizada pelo Campo Grande News revela que 90% dos moradores da capital sul-mato-grossense percebem aumento no custo de vida em comparação ao ano anterior. Principais queixas incluem valores elevados de aluguéis e reajustes salariais incompatíveis com a inflação. Apesar da percepção dos moradores, o IPCA registrou deflação de -0,28% em setembro. Contudo, Campo Grande apresentou a maior alta da cesta básica entre as capitais brasileiras no mesmo período, com aumento de 3,6%, alcançando R$ 795,64, segundo dados do Dieese.
Entre os leitores, o aumento dos aluguéis e a falta de reajuste salarial compatível com a inflação foram as principais reclamações. “Com certeza, está muito caro. Gente, os valores dos aluguéis estão altos demais”, disse Gleice Santos de Amorim. Para Ana Carolina, o problema é outro: “Não é o custo de vida que aumentou, é o salário que não acompanha".
Outros leitores reforçaram a sensação de aperto no bolso. “Como sempre, água, energia, IPTU, internet, planos de saúde e locações extrapolam o aumento de salário dado. Só os políticos não sentem essa perda”, destacou João Carlos da Costa. “Sem dúvidas, o salário quase não sobra nada. Se não fosse o cartão de crédito, a gente não conseguiria chegar ao final do mês”, completou Paulo Santos. Já Sadys Brandão resumiu: “O custo de vida aumentou com certeza, principalmente para quem ganha salário mínimo.”
Apesar da percepção majoritária, os números oficiais indicam leve alívio. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou deflação de -0,28% em setembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a terceira queda consecutiva em 2025, acumulando alta de 2,26% no ano e de 4,68% em 12 meses, abaixo dos 5,01% do mesmo período anterior.
Mesmo assim, o carrinho do supermercado segue pesando. Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontam que Campo Grande teve, em setembro, a maior alta da cesta básica entre todas as capitais brasileiras: 3,6%. Com isso, o conjunto de itens essenciais passou a custar R$ 795,64.
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