Promessas de dinheiro fácil explicam maioria dos casos de golpe virtual
Resultado escancara combinação perigosa: a sedução de uma recompensa imediata com o descuido
A maioria dos leitores do Campo Grande News acredita que o principal motivo que leva as pessoas a caírem em golpes virtuais é a promessa de dinheiro fácil. Essa foi a resposta de 62% dos participantes de uma enquete feita nesta semana, superando outros fatores como a pressa ou desatenção (22%) e a falta de informação (16%).
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O resultado escancara uma combinação perigosa: a sedução de uma recompensa imediata com o descuido digital. Nos comentários à publicação, leitores foram diretos. “É a burrice mesmo”, disparou Karina Ktelan. Já Klaudia Santos apontou para a ingenuidade e a falta de pensamento crítico: “No mundo virtual, sempre existe alguém por trás, aplicando golpe. A lábia é boa, são ‘ofertas imperdíveis’”, escreveu. Para ela, raciocínio lógico seria um antídoto eficaz. Alex André também apostou em um velho conhecido dos golpistas: “ganância”.
Esse tipo de comportamento de risco, motivado por promessas irreais, vem se repetindo com frequência — e não apenas entre os mais jovens ou usuários novatos. Em um dos casos mais recentes registrados em Campo Grande, uma idosa acreditou estar conversando com o bilionário Elon Musk e acabou sendo vítima de um golpe. O criminoso se passou pelo empresário, convenceu a mulher de que ela teria sido selecionada para uma “parceria internacional” e a induziu a fazer depósitos. O caso está sendo investigado pela polícia.
A armadilha foi construída com elementos clássicos: prestígio de uma figura famosa, promessas de recompensa e uma história mirabolante o suficiente para parecer legítima. A idosa, segundo a reportagem, não desconfiou da fraude até o prejuízo estar consolidado — o que reforça a percepção de que a educação digital, por si só, não basta. A ilusão do “ganho sem esforço” segue sendo isca eficiente.
A combinação de ganância, desatenção e ingenuidade tem sustentado um cenário onde os golpistas digitais seguem faturando. E os dados da enquete reforçam um ponto incômodo: as vítimas não são ingênuas por desconhecimento técnico, mas porque continuam acreditando que o dinheiro fácil ainda existe.
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