Atletas africanos superam calor e dominam pódio da meia-maratona do Pantanal
Ugandense Mark Kiptoo e etíope Desta Cebera Denise conquistaram o primeiro lugar na prova de 21 km

A meia-maratona da Corrida do Pantanal já tem seus campeões. Na prova masculina de 21 km, o jovem de 19 anos, Mark Kiptoo, de Uganda, ficou com o lugar mais alto do pódio. Entre as mulheres, a vitória foi de Desta Cebera Denise, da Etiópia. No entanto, o primeiro atleta a cruzar a linha de chegada na manhã deste domingo (12) foi o paratleta Leonardo Melo.
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A Corrida do Pantanal, realizada em Campo Grande, consagrou o ugandense Mark Kiptoo, de 19 anos, como campeão da meia-maratona masculina, completando o percurso em 1h03min. Na categoria feminina, a etíope Desta Cebera Denise conquistou o primeiro lugar. O paratleta Leonardo Melo foi o primeiro a cruzar a linha de chegada. O brasileiro Wendell Geronimo Souza, de Mato Grosso, ficou com o segundo lugar na prova masculina, seguido pelo queniano Dismas Nybira Okioma. No feminino, Emily Chebet, de Uganda, e a sul-mato-grossense Kleidiane Barbosa Jardim completaram o pódio. O percurso de 21 km foi considerado desafiador pelos atletas, com quatro trechos de subida.
Em sua primeira vez na Capital, Kiptoo disse estar muito feliz por participar da prova e por conhecer Campo Grande. Tímido, o campeão da meia-maratona masculina comemorou o recorde pessoal, completando o percurso em 1h03min. Ele contou ter sentido bastante calor, mas elogiou o trajeto da competição.
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Completaram o pódio masculino Wendell Geronimo Souza, de Pontes e Lacerda (MT), e Dismas Nybira Okioma, do Quênia. No feminino, ao lado de Desta Cebera Denise, subiram ao pódio Emily Chebet, de Uganda, e Kleidiane Barbosa Jardim, representando Mato Grosso do Sul.

Wendell, que completou 34 anos neste sábado (11), destacou que o percurso é bastante desafiador, com quatro trechos de subida difíceis. Mesmo assim, conseguiu melhorar seu desempenho, saindo da terceira colocação para terminar na vice-liderança. Apesar de elogiar a estrutura, apontou que alguns aspectos podem ser aprimorados nos próximos anos.
“Deve melhorar mais, porque já é nível ouro no que se fala de nível técnico da competição. Os atletas da elite têm que ter pelo menos um suporte. Eu sou praticamente o número 1 do Brasil, e até a entrega do meu chip eu tive que improvisar. O atleta não pode passar por isso numa competição”, comentou.
Apesar dos imprevistos, Wendell se mostrou grato pelo resultado e reconheceu a dificuldade de competir com atletas estrangeiros.
“A gente sabe que não é fácil estar aqui, mas quero agradecer a todos que participaram, às pessoas que vieram de longe. É uma prova de nome grande”, disse.
Representando Mato Grosso do Sul, Kleidiane Barbosa foi a melhor brasileira na meia-maratona. Apesar das dificuldades do percurso e do calor, ela melhorou sua colocação em relação ao ano passado, quando competiu nos 15 km e ficou em 4º lugar.
“A meia-maratona foi boa; o percurso é desafiador. É uma prova que reúne atletas do Brasil e do exterior. Estar representando o Brasil forte e junto mostra que a gente pode correr com eles [estrangeiros]”, afirmou.
Moradora de Campo Grande, Kleidiane já conhecia o trajeto e, durante a preparação, focou em treinos com subidas e descidas, ciente do desafio que enfrentaria. “É um prazer correr na minha cidade”, completou.

O primeiro a cruzar a linha de chegada neste domingo foi o paratleta Leonardo Melo, que disputou a prova de 21 km na categoria cadeirante. Apesar das dificuldades do percurso, ele afirmou que o calor foi menos intenso que no ano passado e conseguiu fazer uma prova mais tranquila.
“O coração agora está mais calmo, já parou de sair pela boca, porque entre o km 10 e o 11 o percurso é cruel. As subidas são íngremes, o vento contra, então foi difícil”, contou.
Durante a preparação, Leonardo intensificou os treinos em subidas e descidas, sabendo que encontraria esses trechos na prova. Para compensar o esforço nas subidas, chegou a atingir 60 km/h nas descidas, sempre priorizando a segurança.
“A preparação foi insana, porque eu já sabia como seria o percurso. O que mais me complicou foi o vento e algumas subidas íngremes. Achei que poderia ser pior, mas consegui compensar nas descidas, claro, com total segurança. Bati 60 km/h descendo”, relatou.
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