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Esportes

Pentacempeã no wresling, Amanda Leal se prepara para Pan-Americano de 2023

Lutadora disputa seletiva para competição continental na Argentina e sonha com as Olímpiadas de Paris em 2024

Gabriel de Matos | 04/01/2023 06:03
Amanda Lima Leal, de 23 anos, em luta olímpica nos Jogos Universitários de Praia, em Canoa Quebrada, no Ceará (Foto: Divulgação)
Amanda Lima Leal, de 23 anos, em luta olímpica nos Jogos Universitários de Praia, em Canoa Quebrada, no Ceará (Foto: Divulgação)

Amanda Lima Leal, de 23 anos, é profissional de luta olímpica (wresling), na categoria até 57 kg. A atleta é pentacampeã nacional da modalidade, campeã de judô e de levantamento de peso. Sem descanso neste começo de ano, ela está focada nos treinamentos para a disputa da seletiva para o Pan-Americano de 2023.

A campo-grandense busca a vaga para a disputa do Pan-Americano da modalidade. Neste ano, o evento esportivo será em Buenos Aires, na Argentina, no mês de maio. Além disso, a lutadora sonha com a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. "Eu não tive férias e continuei treinando. Tenho muitas expectativas para este ano", informa.

"O Pan-Americano de wresling é uma possibilidade, estou focando nele. Eu tenho que ser campeã da seletiva brasileira para ir à competição", afirma Amanda Leal. Para atingir a segunda participação em Pan, ela necessita conquistar o título na competição marcada para março, em São Paulo.

A lutadora conta que a classificação mais provável é para o Pan-Americano de praia. "Eu vou participar do campeonato brasileiro de praia, que é seletiva para a competição continental, eu tenho mais chances que no de quadra".

Em relação aos próximos Jogos Olímpicos, ela afirma que ainda não tem recursos, mas sonha. "Acredito que não tenho nível, apenas um sonho e a força de vontade. Talvez no próximo ciclo olímpico, eu esteja mais preparada", analisa a lutadora. Para buscar a vaga, ela precisa ser a primeira brasileira no Ranking e se classificar no Mundial de Belgrado, na Sérvia, em setembro.

Amanda em competição de levantamento de peso disputado em São Paulo (Foto: Divulgação)
Amanda em competição de levantamento de peso disputado em São Paulo (Foto: Divulgação)

Carreira - A história começa ainda na escola no ano de 2013. Amanda recebeu a primeira oportunidade no judô para treinar na academia Moura. "Pelo judô, eu conheci o wresling. Depois de oito anos treinando judô, eu migrei para luta olímpica em 2018", conta.

Ela coleciona diversas medalhas por judô e é pentacampeã brasileira de luta olímpica (2018, 2019, dois em 2021 e 2022). "Eu tenho diversas medalhas de circuito nacional, estadual, mas as medalhas mais altas são o terceiro lugar no Brasileiro de judô e cinco vezes campeã brasileira de wresling e uma vez campeã brasileira de levantamento de peso".

A principal dificuldade para a jovem de 23 anos envolve o lado financeiro. Atualmente, Amanda é atleta profissional de luta olímpica e tem ajuda de custo do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. "A gente tem sempre que estar correndo atrás de dinheiro para poder pagar inscrição, viajar, hospedagem. O financeiro é a maior dificuldade", relata.

No ano passado, a lutadora participou dos Jogos Universitários de luta olímpica, dois campeonatos nacionais da modalidade. Além disso, disputou os campeonatos estadual e nacional de levantamento de peso.

Perguntada se pretende sair do Estado ou ficar aqui, Amanda ressaltou que o incentivo para a luta olímpica em Mato Grosso do Sul é "muito bom". A campo-grandense completou: "Eu não pretendo sair do Estado porque o nosso é um dos melhores em investimento de Bolsa Atleta. Eu pretendo sair de Mato Grosso do Sul só se tiver uma proposta melhor".

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