Sem luz e com recursos próprios, treinador dá aulas de futebol para crianças
Moradores relatam que praça não tem estrutura, e pedem que prefeitura coloque iluminação no local
No bairro Jardim Morenão, uma praça simples localizada na Rua Divino Fonseca é usada como campo de futebol para crianças em situação de vulnerabilidade. A iniciativa é de um morador e treinador voluntário, que desde 2023 oferece aulas gratuitas no local. No entanto, a falta de iluminação pública tem dificultado o desenvolvimento das atividades, apesar de pedidos já feitos por moradores e pelo idealizador do projeto.
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Em uma praça do bairro Jardim Morenão, o treinador voluntário Cícero oferece aulas gratuitas de futebol para crianças em situação de vulnerabilidade. A iniciativa, que começou em 2023, enfrenta dificuldades devido à falta de iluminação pública, apesar dos pedidos feitos à prefeitura. O projeto, mantido com recursos próprios do treinador, acontece três vezes por semana. Além do ensino do esporte, Cícero trabalha valores como respeito e responsabilidade com os alunos, que muitas vezes treinam com tênis rasgados ou descalços devido à falta de recursos.
Bruno Abreu, de 31 anos, mora em frente à praça e conta que seu filho já participou das aulas. Segundo ele, a precariedade da estrutura disponível para as crianças o sensibiliza.
Os treinos ocorrem três vezes por semana e são mantidos exclusivamente pelo esforço do treinador Cícero, também morador do bairro. “Ele faz tudo por amor. Não é funcionário público, não tem projeto bancado por ninguém. Ele dedica seu tempo, energia e até parte do próprio sustento para tirar essas crianças do caminho errado e mostrar que existe esperança”, afirma Bruno.
Tanto Cícero quanto outros moradores relatam que já solicitaram a instalação de iluminação pública à prefeitura, mas não obtiveram retorno. A reportagem entrou em contato com o Executivo municipal, mas até a publicação desta matéria, não houve resposta.
“Ele ensina respeito, responsabilidade, trabalho em equipe, escuta as crianças, dá atenção. E tudo isso sem cobrar nada. Tudo que consegue vem por meio de doações ou, muitas vezes, do próprio bolso. Já vi alunos jogarem com tênis rasgados ou até descalços. Ele mesmo não tem muito, mas o pouco que tem, divide e ajuda como pode”, completa Bruno.
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