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Análise de vetos coloca à prova paz entre Bernal e Câmara

Waldemar Gonçalves | 03/02/2016 06:00

Paz e amor? – Apesar de discursos pautados pelo tom de paz e harmonia entre os poderes na manhã de ontem, durante sessão de reabertura dos trabalhos, nos bastidores tem parlamentar que não acredita em mudança na relação entre a Câmara Municipal e o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). “Aqui no plenário falam uma coisa, lá atrás é outra totalmente diferente”, disse um vereador, que prefere o anonimato.

Tom errado – A vereadora Carla Stephanini (PMDB) não ficou muito contente com o que ouviu do prefeito na solenidade de ontem. Considera que o tom do discurso de Bernal, falando de tapa-buraco, iluminação pública e epidemia de dengue, demonstra que a administração municipal se “apequenou”.

Tom certo – Na opinião da peemedebista, a mensagem do Executivo deveria tratar de novos investimentos para Campo Grande. “Mas, é o que temos para hoje”, lamentou Carla. Mesmo assim, reconheceu como positivo o gesto do prefeito de ter ido ao Legislativo “estender a mão para trabalhar”.

À prova – Na sessão ordinária de amanhã na Câmara será possível saber se os discursos de ontem foram levados pelo vento ou serão transformados em atos. Na ocasião, serão analisados dois vetos do prefeito a projetos dos vereadores, colocando à prova a pacificação entre vereadores e Bernal.

Ausentes – Únicos ausentes na sessão de ontem na Câmara Municipal, Paulo Siufi (PMDB) e Airton Saraiva (DEM) podem ter guardado seus discursos para serem feitos sem a presença do prefeito. Dois dos mais críticos em relação a Bernal, ambos teriam optado por evitar constrangimento no ambiente onde imperou o tom pacificador.

Por Campo Grande – Seguindo a lógica dos discursos dos vereadores, até o representante do governo estadual na solenidade de ontem, o secretário de Administração, Carlos Alberto de Assis, disse que o Executivo é parceiro da Prefeitura de Campo Grande no sentido de proporcionar melhorias nos serviços públicos. Ele também destacou a necessidade de uma relação harmônica e de paz entre os dois poderes.

Reforma – Na Assembleia Legislativa, ontem também foi dia de volta ao trabalho. O prédio passou por uma reforma que "não custou nem R$ 20 mil", conforme disse o primeiro secretário, Zé Teixeira (DEM). Houve reparos no telhado e "outros pontos", segundo ele. A sala de imprensa ganhou um painel novo para entrevistas e uma televisão, onde as sessões, no plenário ao lado, serão exibidas.

Tem goteira – Enquanto autoridades municipais e estaduais conversavam sobre estragos das chuvas em municípios sul-mato-grossenses, uma insistente goteira caía no auditório da Governadoria, no Parque dos Poderes, ontem à tarde. Dava uma espécie de “toque a mais de realidade” a um vídeo sobre o assunto exibido àquela altura da reunião, mostrando que os efeitos da chuva não poupam nem a sede do Executivo estadual.

Pacote - O governo do Estado está preparando um programa de competitividade, que terá várias medidas de incentivo para a produção rural em Mato Grosso do Sul. No ano passado, representantes do Executivo estadual se reuniram com vários setores para avaliar quais as prioridades. As decisões foram reunidas e serão anunciadas no próximo mês.

Enviada especial – A Polícia Federal mandou a Ponta Porã a delegada Paloma Brígido especialmente para atuar nas diligências da Operação Matterello, contra um esquema gigantesco de tráfico de drogas. Hoje, ela atua em Brasília (DF), mas conhece bem a fronteira sul-mato-grossense: já trabalhou por alguns anos e inclusive chefiou a unidade dos federais no município fronteiriço.

(com a redação)

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