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Com menos dinheiro, eleições devem ter mais corpo a corpo

Waldemar Gonçalves | 28/06/2016 06:00

Prévias – Durante a primeira reunião do Comitê de Combate ao Caixa 2 nas eleições, ontem na sede da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Mato Grosso do Sul), uma das alternativas debatidas foi a criação das “prévias”, a exemplo das eleições americanas, como se fosse uma eleição antes da eleição. “Seria uma forma de filtrar os candidatos trazidos ao eleitor”, ponderou Lairson Palermo, representando o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

Caindo na real – Mas, enquanto isso não acontece, o advogado defende que a fiscalização ocorra durante a campanha, com a atenção voltada a doações, especialmente das empresas aos partidos e candidatos que, pela nova legislação, estão proibidas. “A crise hoje não é apenas política, é moral”, disse Palermo. Para tanto, a OAB-MS terá canais de denúncia por telefone, internet e também pessoalmente.

Corpo a corpo – Já a presidente do comitê da OAB-MS, Cláudia Elaine Paniago, avalia que a nova legislação vai aproximar o candidato do eleitor, com ênfase no chamado “corpo a corpo”. “O candidato terá que conversar mais e estar próximo das pessoas, sem tanto dinheiro para campanhas midiáticas”, avalia a advogada. Se vai funcionar, ela responde: “isso é o que vamos descobrir agora”.

Vaca no brejo – O PT é um dos partidos que pretendem ficar atentos às doações, fiscalizando os demais e esquecendo as “gordas” contribuições que recebia nos pleitos anteriores. Questionado se as próximas eleições serão de “vacas magras”, o presidente do diretório estadual, Antônio Carlos Biffi, fez piada: “nas próximas eleições nem vaca vai ter”, disse à reportagem durante evento do diretório estadual.

Moral baixo – Já o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) diz estar cauteloso quanto à ideia de se lançar candidato a prefeito de Campo Grande. A maior preocupação é com o moral baixo da classe política. Hoje em dia as pessoas costumam colocar "todo mundo no mesmo saco", diz ele, se referindo a quem já desacredita dos políticos, afirmando que "todo político é igual".

Família e pesquisas – Outro obstáculo do parlamentar pedetista está na família. Segundo ele, o desejo dos familiares é que ele continue na Câmara dos Deputados. Oficialmente, Dagoberto aguarda pesquisas internas para decidir seu futuro político, tendo a ex-vereadora Tereza Name como uma concorrente interna.

Novo round – A sessão da Câmara Municipal hoje promete novos e ferrenhos ataques ao prefeito, Alcides Bernal (PP). Vereadores devem votar a LDO 2017 e já adiantaram ao Campo Grande News algumas inconsistências no projeto do Executivo, como redução no investimento em saúde, centralização de recursos no gabinete do prefeito e falta de previsão nos gastos com funcionários.

Sonho de vereadores – Há meses parado, o Codecon (Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico) repele empresas que poderiam investir na Capital. Em tribuna, o vereador Edil Albuquerque (PTB) apontou que seis vereadores, “novatos” na Câmara Municipal, “nunca tiveram a oportunidade de apreciar um projeto do Codecon”, já que este ano nada foi aprovado.

Mais leitura – Assessora de comunicação do prefeito Alcides Bernal (PP) reclama no Facebook que os vereadores não sabem ler e interpretar os projetos de lei enviados pelo Executivo. Ela reproduziu post do vereador José Eduardo Cury (SD) com os dizeres "João se sente mulher e hoje usará o mesmo banheiro que sua filha". E rebateu com a cópia do referido PL 8304. "Esta é a pior Câmara de todos os tempos em Campo Grande. Mas, quando achamos que não poderia ser pior, eles conseguem piorar".

Quase pronto, nem tanto – A Prefeitura garante que já estão sendo pintadas casas para as famílias retiradas da favela Cidade de Deus e que um evento simbólico deve colocar fim à polêmica marcada por atrasos e falta de materiais no bairro Vespasiano Martins. Porém, nos outros três locais para onde as famílias foram levadas ainda não há previsão exata quanto à chegada de materiais para que os moradores comecem, finalmente, a construir suas casas em mutirão.

(com a redação)

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