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Defesa quer "fechar" ação contra filha do "Pedreiro Assassino"

Marta Ferreira | 26/10/2020 06:00
Yasmin foi presa por ajudar o pai a assassinar comerciante em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Yasmin foi presa por ajudar o pai a assassinar comerciante em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Incapaz - A defesa de Yasmin Natasha Gonçalves Carvalho, 19 anos, quer a adoção de segredo de justiça no processo em que ela é acusada, junto com a mãe, Roselane Tavares Gonçalves, de 44 anos, de participar de um dos sete assassinatos confessados por Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, o “Pedreiro Assassino”.  Os três estão presos desde maio deste ano, quando foi achado o corpo do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, levando à descoberta das outras seis mortes ocorridas em Campo Grande, cujas vítimas ficaram desaparecidas.

Diagnóstico – A alegação do advogado de Yasmim para pedir que a ação deixe de ter acesso público é o fato de existirem nos autos relatórios escolares da psicóloga, da assistência social, fonoaudióloga e afins, que descrevem o problema mental da Yasmin, além de acompanhamentos e encaminhamentos médicos recebidos por ela. Conforme o defensor, o diagnóstico psiquiátrico da jovem é de leve retardo mental.

Nesses mesmos relatórios há outras alunas que também eram atendidas, então será necessário solicitar o segredo de justiça, por tratar de pessoas incapazes", afirma Dhyiego Fernandes Alfonso, integrante da banca que passou a representar a família no mês passado, quando o advogado anterior desistiu do caso.

Exame – Na sexta-feira (23), os defensores também fizeram pedido de exame pericial complementar em pedaços de madeira com os quais o “Pedreiro Assassino” teria atingido suas vítimas a pauladas. Nos objetos, que já passaram por segunda perícia além da inicial do caso, foram encontrados fio de cabelo e uma mancha “hematóide”, supostamente de sangue.

Andamento – Na ação sobre o assassinato do comerciante já houve audiência para ouvir testemunhas de acusação. No dia 3 de novembro, tem outra sessão marcada, para a interrogar as testemunhas de defesa e o réu, preso no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande). Hoje, está marcada a primeira audiência de outro caso, envolvendo a morte de Timóteo Pontes Roman, acho no dia 16 de maio, dentro do poço no quintal da casa dele, na Vila Planalto.

Em análise – Está pendente de decisão da 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato  Grosso do Sul) o recurso da defesa do delegado de Polícia Civil Fernando de Araújo da Cruz Junior contra sentença de primeiro grau mandando-o ao júri popular por homicídio qualificado, em julho deste ano. Fernando está preso há um ano e meio pela morte do traficante Alfredo Rengel, 48 anos ocorrida na rodovia entre Corumbá e Puerto Suarez, na Bolívia, no dia 23 de fevereiro do ano passado.

Parecer – O andamento mais recente do recurso aos desembargadores foi o envio dos autos para a análise do procurador do MPMS   (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) sobre a alegação da defesa. O delegado está alojado na 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

Cabe tudo – Nacionalmente, o Psol é o partido que, em tese, herdou a postura mais à esquerda e progressista que já foi de legendas como o PT. Não em Campo Grande, onde há candidato a vereador pelo partido que aparece na tv defendendo os “valores da família”.

Sem sossego – O condomínio residencial Dhama 3 em Campo Grande, que tem sido notícia volta e meia por problemas da vizinhança, precisou dos bombeiros no sábado à tarde. Dessa vez, foi um ataque de maribondos no parquinho onde as crianças brincam.

Ainda está – Por falar no residencial de alto padrão, o morador problemático Aloisyo José Campelo Coutinho ainda não foi notificado da decisão da Justiça de 29 de setembro dando prazo para sair de sua mansão no Dhama 3, por causa do incômodo provocado pelas festas patrocinadas por ele.  Pelo que consta no processo, o mandado de citação foi expedido em 15 de outubro e ainda não foi devolvido ao cartório.

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