Ex-rivais estão cada vez mais próximas, mesmo sem querer

Coisas da política – Além de agora dividirem a mesma federação partidária, a prefeita Adriane Lopes (PP) e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que disputaram voto a voto o segundo turno das eleições para a prefeitura de Campo Grande em 2024, parecem cada vez mais unidas pelo destino.

Empurrãozinho – A caminhada Todos Por Elas, realizada no Parque das Nações Indígenas, reservou um momento curioso entre as ex-adversárias. Durante discurso pela bancada federal, o senador Nelsinho Trad (PSD) disse ter tido um “insight” e, de forma improvisada, chamou Rose ao palco e em seguida, convocou Adriane. “A cidade se dividiu naquela eleição e tivemos uma vencedora. Mas hoje estamos todos por elas. Vamos dar as mãos”, disse o senador, arrancando uma foto simbólica das duas.

Climão – O gesto de Nelsinho provocou um visível constrangimento entre as duas. Embora Adriane e Rose tenham posado tranquilamente para a foto de mãos dadas, ambas aparentavam estar desconfortáveis com a situação. As demais autoridades presentes no palco também pareceram surpresas. Depois do momento, Rose cumprimentou outros colegas, mas evitou contato direto com a prefeita. Adriane, por sua vez, permaneceu ao lado da secretária-executiva da Mulher, Angélica Fontanari.

Por falar nisso - Diante da pressão crescente da sociedade por respostas efetivas ao feminicídio, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul decidiu usar seu site oficial para reforçar que o tema está na pauta, mas não mostrou nada de significativo, além da criação do Dia Estadual de Combate ao Feminicídio (1º de junho), e de promove debates frequentes.

Alarmante - A movimentação ganha fôlego após o caso brutal de mãe e bebê carbonizados em Campo Grande, que levou as três deputadas estaduais a se manifestarem em plenário. Em 2025, já são 14 mulheres assassinadas no Estado. Desde 2015, quando o feminicídio passou a ser tipificado pela legislação federal, mais de 346 mulheres perderam a vida em Mato Grosso do Sul.

Leite e afins - E a Alems começa junho com uma agenda esvaziada, sem temas urgentes ou de impacto direto para a população. O principal destaque é a Semana Estadual do Leite, com seminário, café da manhã e debates sobre o setor, enquanto o restante da programação se limita a atividades pontuais, como o início de um curso de Libras e visita de estudantes ao plenário.

Placa velha - A deputada Gleice Jane (PT) está de olho em um “detalhe” que, para ela, virou problema: placas de programas sociais mantidos com verba federal ainda estampam a logomarca do governo Bolsonaro. Incomodada com a desatualização visual, ela fez uma indicação pedindo que os municípios atualizem os letreiros para refletir a gestão atual, petista. Nada contra a memória, mas, segundo a deputada, comunicação institucional também precisa acompanhar o calendário político.

Ao trabalho - Mal reassumiu a concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul, a Motiva (ex CCR) já enfrenta pedidos para ampliar suas obrigações contratuais. O deputado estadual Renato Câmara apresentou sugestão formal para que o contrato inclua a instalação de iluminação nos trevos da rodovia e a realização de campanhas educativas de trânsito. A medida quer aumentar a segurança viária em uma das principais rotas de escoamento da produção agropecuária do Estado, que também lidera índices preocupantes de acidentes fatais.

Contagem regressiva - Ainda nem chegamos no segundo semestre do ano e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), já começou os preparativos para o aniversário de Campo Grande, comemorado no dia 26 de agosto. Nas redes sociais, Adriane compartilhou imagens da reunião com equipe técnica e secretários com o início do planejamento das ações dos 126 anos da Capital.