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Lado Rural

Estiagem de janeiro e fevereiro derruba produtividade da soja em MS

Safra 2024/2025 da leguminosa teve média de 51,78 sacas por hectare, abaixo do esperado pela Aprosoja

Por Gustavo Bonotto | 03/06/2025 21:27
Estiagem de janeiro e fevereiro derruba produtividade da soja em MS
Plataforma de colheitadeira descarrega soja em caminhão durante colheita em propriedade rural brasileira. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Apesar do aumento de 6,8% na área plantada, a produtividade média da soja em Mato Grosso do Sul durante a safra 2024/2025 ficou em 51,78 sacas por hectare, abaixo da expectativa inicial. O dado faz parte de boletim divulgado nesta terça-feira (3) pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), com base em visitas a 1.616 propriedades entre janeiro e maio deste ano.

Conforme os dados do Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), a área plantada totalizou 4,524 milhões de hectares e a produção chegou a 14,06 milhões de toneladas. A estiagem registrada nos meses de janeiro e fevereiro, especialmente nas regiões Sul e Central, comprometeu o enchimento de grãos em grande parte das lavouras, segundo a entidade.

Municípios das regiões Norte e Nordeste apresentaram os melhores desempenhos, como Costa Rica (78,36 sc/ha), Chapadão do Sul (77,03 sc/ha), São Gabriel do Oeste (74,78 sc/ha), Maracaju (72,06 sc/ha) e Paraíso das Águas (70,72 sc/ha). Todos cultivaram áreas superiores a 89 mil hectares.

Por outro lado, importantes polos agrícolas do Sul do Estado registraram produtividades abaixo da média estadual. Dourados colheu 39,9 sc/ha em 249 mil hectares, Sidrolândia 49,1 sc/ha em 276 mil hectares, Ponta Porã 49,7 sc/ha em 348 mil hectares e Rio Brilhante 50,9 sc/ha em 171 mil hectares.

A Aprosoja destaca ainda o impacto positivo da irrigação sobre o rendimento. Municípios como Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Selvíria, Água Clara e Paranaíba apresentaram produtividade elevada, com predomínio de áreas irrigadas.

Por fim, vale lembrar que a colheita foi finalizada em maio, após 19 semanas de monitoramento. O mapeamento utilizou dados de campo, imagens de satélite e informações georreferenciadas, totalizando mais de 29 mil quilômetros percorridos pela equipe técnica da entidade.

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