Juruva é eleita ave símbolo da Mata Atlântica em MS após votação popular
Espécie será proposta como símbolo oficial em projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa
A juruva foi escolhida como símbolo da Mata Atlântica sul-mato-grossense, conforme divulgou a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) nesta quinta-feira (5). A escolha ocorreu por meio de votação, realizada “em prol da educação ambiental, pesquisa científica e conservação da natureza”, promovida pelo projeto “Amigos e Amigas das Aves”, em parceria com diversas instituições.
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A juruva (Baryphthengus ruficapillus) foi eleita a ave símbolo da Mata Atlântica sul-mato-grossense em votação popular promovida pelo projeto "Amigos e Amigas das Aves". Com 27% dos votos, a espécie venceu outras nove concorrentes, como a ariramba-de-cauda-ruiva e o pica-pau-de-cabeça-amarela. A iniciativa busca promover a educação ambiental, pesquisa científica e conservação da natureza. A juruva, com suas penas coloridas e chamativas, concentra-se principalmente na Mata Atlântica do Sudeste e Sul do Brasil, mas também está presente em Mato Grosso do Sul, Bahia e Goiás. A escolha considera sua ocorrência, distribuição, estado de conservação e popularidade na região. Uma proposta de lei será encaminhada à Assembleia Legislativa estadual para oficializar a juruva como símbolo, visando destacar sua importância ambiental para a biodiversidade e a sociedade.
A Baryphthengus ruficapillus (Vieillot, 1818), nome científico da juruva, conquistou 27% dos votos. Também concorriam a ariramba-de-cauda-ruiva, beija-flor-dourado, benedito-de-testa-amarela, japacanim, martim-pescador-grande, pica-pau-de-cabeça-amarela, surucuá-variado, tricoline e udu-de-coroa-azul.
Predominante na Mata Atlântica, a população das juruvas se concentra no Sudeste e Sul do país, mas também há registros da espécie em Mato Grosso do Sul, Bahia e Goiás. A ave chama atenção pelas penas coloridas e chamativas, com uma característica máscara negra e manchas pretas no peito.
“A escolha de uma espécie símbolo de uma região é baseada na sua ocorrência, distribuição e estado de conservação, além da sua popularidade. É nessa premissa que o projeto está baseado. A ave escolhida será a ‘espécie bandeira’ para representar a Mata Atlântica no território sul-mato-grossense”, destaca a professora doutora Elaine Kashiwaqui, atual coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Sustentabilidade Ambiental, da UEMS de Mundo Novo.
Com a escolha da ave símbolo, uma proposta de lei será enviada à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, com o apoio da Frente Parlamentar de Unidades de Conservação da Natureza. Embora ainda não tenha sido detalhada, a proposta considera “a relevância ambiental da espécie escolhida para a biodiversidade e para a sociedade”.
“O projeto possui, dentre seus objetivos, motivar parcerias e o voluntariado, além de conectar diversos setores da sociedade. A escolha da ave símbolo sinaliza, de um modo muito bonito, que é possível unir as pessoas em torno de um tema de interesse comum, que é importante para nós”, afirma Ana Luzia Abrão, proprietária da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Ernesto Vargas Baptista.
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