Réu acusado de emprestar arma é absolvido por morte de jovem no "randandan"
Diego Laertes Vieira Vasconcelos responderá somente pelo porte ilegal de arma de fogo, em regime aberto

O réu Diego Laertes Vieira Vasconcelos, de 26 anos, foi condenado a dois anos de reclusão, em regime aberto, pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, mas absolvido da acusação de homicídio doloso simples pela morte de Rhennan Matheus Oliveira Tosi, de 21 anos. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (5), no Tribunal do Júri de Campo Grande.
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Diego Laertes Vieira Vasconcelos, de 26 anos, foi condenado a dois anos de reclusão em regime aberto pelo porte ilegal de arma de fogo, mas absolvido do homicídio de Rhennan Matheus Oliveira Tosi, de 21 anos. O crime ocorreu em 30 de outubro de 2021, no Bioparque Pantanal, durante manobras com motocicletas. O autor do disparo, Jhonny de Souza da Mota, confessou o crime e permanece preso. O juiz considerou a ausência de antecedentes criminais de Diego e fixou a pena no mínimo legal. O pai da vítima expressou frustração com a decisão, ressaltando a certeza de que Diego estava envolvido.
O crime aconteceu na noite de 30 de outubro de 2021, no estacionamento do Bioparque Pantanal, onde diversos jovens se reuniam para realizar manobras com motocicletas, conhecidas como “zerinho”. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, a vítima teria imitado um motociclista durante a manobra, o que incomodou Jhonny de Souza da Mota, autor confesso do disparo que tirou a vida de Rhennan.
Conforme a acusação, após o desentendimento, Jhonny pediu a arma de Diego, que teria emprestado o revólver calibre .38, ciente da intenção homicida. Minutos depois, Jhonny se aproximou da vítima e, sem dizer palavra, atirou à queima-roupa no abdômen de Rhennan, que não teve chance de reagir. A vítima foi socorrida e encaminhada à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.
Na ocasião, os dois acusados fugiram do local, mas foram presos em flagrante horas depois. O Ministério Público sustentou durante o julgamento que Diego agiu em conluio com Jhonny e deveria responder por homicídio.
Apesar dos argumentos da Promotoria, o Conselho de Sentença decidiu absolver Diego do crime de homicídio, por ausência de provas de sua participação direta na morte de Rhennan. Ele foi condenado apenas por portar ilegalmente a arma de fogo utilizada no crime. A pena foi fixada em dois anos de reclusão e 10 dias-multa, com início em regime aberto. O juiz também revogou a prisão preventiva do réu e determinou sua soltura imediata
O magistrado considerou que Diego não tinha antecedentes criminais e que a pena deveria ser fixada no mínimo legal.

O pai da vítima, Massai Barduco Tosi, esteve no Fórum para acompanhar o julgamento. Em entrevista ao Campo Grande News, ele demonstrou frustração: “Eu sei que esse cara deu ou estava com a arma. Mas o que vai acontecer aí dentro, não sei. É uma caixinha de surpresa. Pra mim, esse caso já tinha encerrado, porque o Jhonny [autor do disparo] já está preso”, desabafou.
Imagens gravadas na noite do crime mostram Rhennan girando uma cadeira próximo a Diego, durante a realização das manobras com motos. O gesto foi interpretado como provocação, e Diego teria reagido agressivamente. Em seguida, Jhonny se aproximou, discutiu com Rhennan e efetuou o disparo.
O autor do tiro, Jhonny de Souza da Mota, responde por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, e permanece preso.
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