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Polícia prende, Justiça solta e sequestradoras desaparecem

Por Ângela Kempfer | 17/10/2025 06:00
Polícia prende, Justiça solta e sequestradoras desaparecem
Retrato divulgado pela polícia das três "foragidas"

Dez dias de liberdade - Mais um capítulo da saga "polícia prende e justiça solta". Em apenas dez dias, as irmãs Kelsilyn, Karolyn e Kailane Paredes de Arruda foram presas pela Polícia Civil, soltas pela Justiça e agora são procuradas de novo. Acusadas de sequestrar, agredir e manter em cárcere uma mulher de 24 anos, em Corumbá, as três tiveram a prisão preventiva decretada mais uma vez.

Na caça de novo - O processo tramita em segredo de Justiça, o que impede saber o motivo da liberação, mas a Polícia Civil confirmou que a soltura não ocorreu na audiência de custódia. O trabalho é dobrado nesse caso, Dez dias depois da prisão, o grupo que as prendeu divulga cartaz pedindo ajuda para encontrá-las de novo.

Na surdina - O deputado estadual Zeca do PT conseguiu aprovar - sem brigas e polêmicas - uma moção de aplausos ao presidente Lula. O texto passou despercebido pela oposição, que não deu qualquer voto contrário para marcar o posicionamento político. A ementa da moção ajudou a não fazer alarde já que não tinha o nome do petista e mencionava apenas a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional).

Cavalo de Troia - Na justificativa, o deputado falou da “notável eficiência e compromisso com a justiça fiscal ao elevar de forma extraordinária os valores resgatados aos cofres públicos, saltando de R$ 25 bilhões para mais de R$ 60 bilhões nos últimos anos”. Somente no texto estavam o nome de Lula, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além da procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi Ruas de Almeida.

Pego de surpresa - A ficha dos parlamentares de direita, principalmente do PL, só caiu no final da sessão quando o petista confirmou com a Mesa Diretora a aprovação e agradeceu aos colegas. “Presumo que a moção de aplauso foi aprovada”, disse Zeca, parecendo incrédulo assim que o presidente da Casa anunciou o resultado da votação simbólica. Nunca esse tipo de assunto passa sem debates acalorados.

Confusão - O clima tranquilo é bem diferente das moções apresentadas ao longo deste ano. Sempre que homenageados com moções de congratulação ou aplausos , ou criticados com moções de repúdio são da esquerda ou da direita, a polarização toma conta e a votação é marcada pela discussão dos deputados. Em alguns casos o texto chegou a sair da pauta para evitar os embates.

Veto mantido – A Câmara manteve o veto total ao Projeto de Lei de autoria da vereadora Ana Portela, que proíbe a adoção de quadro de horários reduzidos no transporte público municipal durante o período de férias escolares em Campo Grande. No veto, a Prefeitura argumenta vício de iniciativa e afirma que a proposta cria uma obrigação não prevista no contrato de concessão do transporte coletivo.

Vício de iniciativa – Apesar de ser uma decisão estabelecida em contrato de concessão, durante a sessão, Portela, que foi relatora da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus, criticou a Prefeitura por não adotar a medida, diante da alegação de que o projeto não poderia partir do Legislativo Municipal. Ela defende que o Executivo “cobre o Consórcio e não penalize a população, que já não aguenta mais o serviço caro e ineficiente”. Os outros quatro vereadores da comissão, Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP), Lívio Leite (União Brasil) e Júnior Coringa (MDB), também votaram pela derrubada do veto.

Mais um veto – Também foi mantido o veto parcial do Executivo ao Projeto de Lei da vereadora Ana Portela, que institui a Política Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Adultização e Sexualização Infantil. O veto atinge quatro artigos da proposta, nos quais a Prefeitura argumenta que há "interferência no funcionamento da administração municipal e criação de despesas continuadas". Esses trechos previam a realização de campanha permanente sobre o tema e a criação de um canal municipal de denúncias integrado ao Conselho Tutelar.

Saúde agredida - Tramita na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei da deputada Lia Nogueira (PSDB), que propõe multa administrativa para casos de violência, agressão, desrespeito ou desacato contra profissionais da saúde pública em Mato Grosso do Sul. A punição será aplicada a quem cometer atos físicos, verbais ou morais contra esses trabalhadores, sem prejuízo das sanções civis e penais já previstas. Segundo a autora, a proposta surgiu a partir da Frente Parlamentar em Defesa dos Profissionais da Saúde, diante do aumento de agressões.