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Prefeito vai pra cadeia 4 dias após receber medalha da PM

Por Jhefferson Gamarra, Mylena Fraiha e Fernanda Palheta | 10/09/2025 06:00

O mundo gira – O prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), foi preso ontem (9) pela suspeita de fraudes em licitação, apenas quatro dias depois de posar para fotos e receber a Medalha de Honra ao Mérito e a Medalha Policial Militar durante a celebração dos 190 anos da corporação.

No radar - Enquanto recebia as honrarias, o prefeito já estava no radar das investigações da "Operação Spotless" que apontam que empresas do próprio grupo e outras de “faz de conta” eram usadas para fraudar licitações e desviar dinheiro público na cidade com pouco mais de 17 mil habitantes. No total, foram cumpridos 16 mandados de prisão e 59 mandados de busca e apreensão em Terenos e Campo Grande.

Ironia – nas redes sociais o prefeito preso fez questão de exaltar a homenagem recebida e exaltar sua gestão na cidade. “Hoje vivi um momento de muito orgulho. Durante a solenidade em comemoração aos 190 anos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, tive a honra de receber a Medalha do Mérito Policial Militar. Recebo essas homenagens com humildade e como um reconhecimento ao trabalho que desenvolvemos em Terenos, sempre com respeito, parceria e valorização das nossas forças de segurança”, publicou o prefeito orgulhoso.

Quase 10 anos depois – O ex-prefeito de Água Clara, Edvaldo Alves de Queiroz, o Tupete, continua colecionando derrotas no Tribunal de Contas. Quase uma década após deixar a prefeitura, ele teve mais um recurso negado e seguirá multado por irregularidades em um contrato de consultoria jurídica.

Sem escapatória – A Corte manteve a obrigação de Tupete devolver valores pagos indevidamente, além da multa já aplicada. A defesa tentou afastar as falhas apontadas no contrato, mas os argumentos não convenceram os conselheiros.

Treta – A CPI do Transporte Público da Capital começou a registrar discordâncias na reta final dos trabalhos. Ao Campo Grande News, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) contou que todos os membros, à exceção da relatora Ana Portela (PL), votaram pela derrubada do veto ao projeto que previa a obrigatoriedade de ônibus com ar-condicionado. Segundo Luiza, foi a primeira vez que a Comissão “não andou junto”.

Ausente - A vereadora do PL não participou da sessão da última quinta-feira (4) e, com a ausência dela, o veto acabou sendo mantido. “Nós já tínhamos discutido isso dentro da Comissão e estávamos tranquilos, porque todos estávamos na mesma direção. O que não entendemos foi a atitude da relatora, que se ausentou daquela decisão”, criticou.

Doente? – Ana Portela (PL) justificou a ausência alegando estar doente. Mesmo ciente da condição de saúde da colega de CPI, Luiza Ribeiro defendeu que ela poderia ter participado remotamente. “A votação é rápida, menos de um minuto”, disse a petista. Já no domingo (7), a vereadora do PL apareceu nos Altos da Afonso Pena, durante manifestação de direita que pedia anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Casamento estranho – A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) firmou protocolo de intenções com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Até aí, seria apenas burocracia acadêmica. O problema é que a Codevasf foi justamente o epicentro do escândalo das emendas parlamentares em 2022 e 2023.

Agenda ESG – O convênio com empresa marcada por denúncias de superfaturamento, contratos direcionados e obras fantasmas, tem vigência de um ano e prevê cooperação em projetos ligados à pauta ESG (Ambiental, Social e Governança). No papel, soa bonito: sustentabilidade, responsabilidade social e governança.