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Jogo Aberto

Procurador emenda folga usando férias de 2006 e 2007

Marta Ferreira | 03/11/2020 06:00
O procurador Miguei Vieira da Silva, que vai usufruir esta semana 4 dias de folga referentes a férias de 2006 e 2007.
O procurador Miguei Vieira da Silva, que vai usufruir esta semana 4 dias de folga referentes a férias de 2006 e 2007.

Retroativo - O procurador de Justiça Miguel Vieira da Silva vai emendar o feriado de Finados. Ficará de férias até a sexta-feira (6) e, portanto, só volta ao trabalho no dia 9, segundo autorização da chefia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O que chama atenção é que ele vai compensar quatro dias referentes aos feriados forenses de mais de quase 15 anos atrás.

Datas – Segundo a portaria sobre o assunto, a folga refere-se a dias que não foram tirados em  dois períodos: de 20 de dezembro de 2005 a 6 de janeiro de 2006 e de 20 de dezembro de 2006 a 6 de janeiro de 2007.

Memória – Miguel Vieira foi procurador-chefe do MPMS no período compreendido. Ficou no cargo até 2008. A gestão dele foi alvo de investigação do CNMP (Conselho Nacional do MP), que recomendou a demissão, por uso do cargo para beneficiar investigados na Operação Uragano.

Pijama à vista - Essa decisão nunca foi efetivada. Miguel Miguel Vieira está a dois anos da aposentadoria compulsória, prevista para 2022.

Tentativa – Está para análise do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, pedido de liberdade para esposa e filha de Cleber de Souza Carvalho, 43 anos, que ficou conhecido como “Pedreiro Assassino”, depois de confessar 7 homicídios, em maio deste ano. A alegação da defesa de Roselaine Tavares Gonçalves, 40 anos, e de Yasmim Natasha Gonçalves, tem a ver com a saúde física e mental de mãe e filha.

Desnecessário – Para os advogados, as duas estão presas há quase seis meses sem motivo. Quanto a Roselaine, o argumento é de que ela é fez uma cirurgia em 2006 no coração, toma pelo menos cinco medicamentos, mas na cadeia está recebendo apenas dois.

Diagnóstico – Em relação a Yasmim, a representação legal diz que ela é incapaz por ter laudo médico apontando grave retardo mental.  No pedido de liberdade é dito, inclusive, que o depoimento de Yasmin não deveria ter validade, em razão da condição dela de saúde mental.

Fogo na esquerda – Há tempos o campo dos partidos que se dizem progressistas bate cabeça no Brasil. Em Campo Grande, a fala em tom ríspido de Pedro Kemp (PT) à candidata a vereadora Karla Kânepa, gravada e divulgada nas redes sociais, acirrou os ânimos. As trocas de gentilezas, só que ao contrário, estão para todo os lados.

Farpas – Integrantes de partidos como o PCdoB e o Psol estão sendo chamados de oportunistas por se manifestarem sobre o episódio de forma crítica. Há petistas dizendo que estão tentando faturar em cima da situação e que a esquerda deveria é se “proteger”. A torcida dos partidos de direita, por sua vez, comemora o clima ruim.

Desagravo – A informação divulgada no Jogo Aberto na semana passada sobre almoço que reuniu delegados de Polícia Civil em churrascaria da Afonso Pena, em Campo Grande, desagradou a associação nacional da categoria. Em “nota de repúdio” publicada em seu site, a entidade diz que o texto foi “desnecessário e inadequado”.

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