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Sem punições, escândalo na Justiça Federal de MS faz um ano

Marta Ferreira | 05/07/2017 06:00

Processado - Demitido há um ano, depois da descoberta de sumiço de dinheiro que estava em poder do Judiciário, o ex-assessor da 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande, Jedeão de Oliveira, é alvo de quatro ações, mas nenhuma delas teve desfecho até agora. O valor envolvido, conforme os processos contra ele, passa de R$ 235 mil.

À distância - O ex-assessor é alvo de uma ação penal, por falsidade ideológica, e três ações por improbidade administrativa. Ele foi ouvido em junho deste ano, mas preferiu não vir a Campo Grande. O depoimento foi virtual, transmitido do Mato Grosso, onde Jedeão vive e tem negócios.

Homem de confiança - Jedeão de Oliveira era assessor direto do juiz federal Odilon de Oliveira, que o manteve nomeado em um cargo de comissão por mais de 20 anos. Só saiu quando surgiu a suspeita de desvio de dólares apreendidos em ações, justamente na vara destinada a punir os crimes de lavagem de dinheiro. 

Questionamento - Por falar em Odilon, se dependesse da defesa do traficante Luiz Carlos da Rocha, o magistrado de Mato Grosso do Sul seria impedido de julgar processos envolvendo o narcotráfico. Em pedido feito ao Superior Tribunal de Justiça, um dos advogados do “Cabeça Branca”, alegou suspeição do juiz.

“Entrevistas demais” - O motivo apontado pela defesa de Rocha foi o gosto do juiz por falar com a imprensa. A defesa do traficante reclamou do tom veemente do juiz contra o narcotráfico. A ministra responsável pelo caso, Laurita Vaz, negou a solicitação e alegou que o magistrado só seria suspeito se falasse de casos específicos.

Fla-Flu presidencial - Os deputados Eduardo Rocha (PMDB) e Cabo Almi (PT) tiveram uma discussão áspera na sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira. O motivo foi um debate sobre os governos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e do atual, Michel Temer (PMDB). Enquanto que o petista disse a atual gestão tem ex-ministros presos e crise política no Brasil, o colega lembrou que Dilma deixou o País com 13 milhões de desempregados.

Não acaba - Depois dessa "troca de gentilezas", Almi disse que o colega "deveria ficar quieto", pois "não tinha moral" para falar da Dilma. Eduardo retrucou dizendo que eram os petistas que deveriam ficar calados. Após a discussão, Paulo Siufi (PMDB) pediu que Almi retirasse do discurso a palvra "falta de moral". O petista então esclareceu que o termo era para o PMDB e não para o colega da Assembleia, por isso não retiraria a fala.

In loco - Depois de reclamar da CCJR, o deputado Paulo Siufi(PMDB) foi pessoalmente assistir a comissão. Os integrantes tinham rejeitado dois projetos dele e apresentaram um parecer contrário a outra matéria, sobre a jornada de trabalho dos assistentes sociais. Ele fez a defesa da proposta durante a sessão e um dos parlamentares, Lidio Lopes (PEN), pediu vistas.

Alvarás - O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), deve definir até a próxima sexta-feira (7) a data para liberação de 217 alvarás para taxistas e o mesmo número para mototaxistas. A informação é do vereador Valdir Gomes (PP), que se reuniu com o chefe do Executivo na segunda-feira. A demora se deve ao grande número de inscritos, são mais de 700 interessados.

(Colaboraram Lucas Junot, Richeleu de Carlo e Leonardo Rocha)

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