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Artes

Alma e coração da Praça da Bolívia, morre a dançarina Ingra Padilha

Ingra lutava contra um câncer e morreu na tarde de hoje (2), em consequência de uma hidrocefalia e pneumonia

Thailla Torres | 02/12/2020 17:26
Ingra com suas roupas típicas bolivianas na Praça da Bolívia (Foto: Arquivo Pessoal)
Ingra com suas roupas típicas bolivianas na Praça da Bolívia (Foto: Arquivo Pessoal)

Nome conhecido na dança boliviana e na organização das feiras da Praça da Bolívia, a dançarina Ingra Padilha morreu na tarde desta quarta-feira, em Campo Grande, aos 37 anos, em consequência de uma hidrocefalia e uma pneumonia, segundo informou o marido, Marcos Elorza.

Ingra era facilmente reconhecida pelo sorriso aberto e roupas típicas, elementos quase indispensáveis para a mulher simpática que fazia parte do grupo de dança T’ikay, de apresentações típicas bolivianas, e que ainda lutava para promover a cultura do país fronteiriço na Capital.

Há quase dois anos ela lutava contra o câncer. A doença foi identificada nas mamas em dezembro de 2018. Na época, ela realizou cirurgia para a retirada dos seios. Porém, em setembro de 2019, foi identificada uma metástase cerebral, sendo necessária nova cirurgia.

Neste ano, mais um tumor foi identificado no cérebro e Ingra passou por mais um procedimento, que acabou a deixando com algumas sequelas neurológicas.

Na semana passada, Ingra foi internada e ficou em coma no hospital da Unimed após um diagnóstico de hidrocefalia. Segundo o marido, a necessidade era de uma cirurgia de emergência para que a esposa voltasse a viver, no entanto, segundo ele, “as burocracias do convênio médico impossibilitaram a operação”.

A família chegou a entrar com pedido de liminar na Justiça para que o procedimento cirúrgico fosse realizado, mas não houve tempo. Hospitalizada, Ingra também foi diagnosticada com pneumonia, consequência da covid-19 contraída na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital.

Para o esposo, as burocracias e a demora para realização da cirurgia negligenciaram a vida de Ingra. “Se ela tivesse sido operada de emergência, certamente ela estaria bem. Demoraram muito”, desabafou.

Recentemente, amigos, artistas e produtores culturais se uniram para arrecadar dinheiro e ajudar no tratamento de Ingra após as sequelas, tudo para que ela voltasse a dançar e animar o público no tradicional evento cultural de Campo Grande.

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