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Artes

"Foi uma escola de vida", diz diretora que levou Delinha aos cinemas

Amigos falam sobre o legado de Delinha para a cultura do Estado e a lição de vida que ela ensinou

Jéssica Fernandes | 16/06/2022 09:02
Delinha durante lançamento do documentário 'A Dama do Rasqueado'. (Foto: Arquivo Campo Grande News/ Alcides Neto)
Delinha durante lançamento do documentário 'A Dama do Rasqueado'. (Foto: Arquivo Campo Grande News/ Alcides Neto)

Para os amigos da cantora Delanira Pereira Gonçalves, a Delinha, o dia começou carregado de lembranças e saudade. A Dama do Rasqueado faleceu na manhã desta quinta-feira (16), em Campo Grande, aos 85 anos. Os amigos lamentaram a notícia e falaram sobre o legado que ela deixa para a cultura sul-mato-grossense.

Ao Lado B, Ciro de Oliveira comenta que Delinha foi uma das primeiras vozes femininas do rasqueado. “Ela vai fazer muita falta, ela foi referência na música do Mato Grosso do Sul e uma das primeiras mulheres a cantar rasqueado”, afirma.

O jornalista fala sobre a amizade que tinha com a artista e o desejo de ver ela gravando com os novos cantores. “Eu tô sentindo como se tivesse perdido minha mãe, a minha ligação com ela é muito grande. Eu vivia pedindo para a nova geração gravar com a Delinha em vida, mas esse é um sonho que infelizmente não se realizou”, lamenta.

Marinete Pinheiro durante a exibição do filme em 2016. (Foto: Arquivo Campo Grande News/ Alcides Neto)
Marinete Pinheiro durante a exibição do filme em 2016. (Foto: Arquivo Campo Grande News/ Alcides Neto)

A cineasta Marinete Pinheiro, que dirigiu o documentário “A Dama do Rasqueado”, relata que durante dez anos teve a oportunidade de frequentar a casa da Delinha. “Eu tive uma relação de convivência próxima com ela. Na varanda da casa dela tem uma mesa onde ela recebia muito as pessoas para tomar café. O que fica nesse lugar é uma saudade enorme e eu realmente sinto muito”, enfatiza.

A diretora do MIS (Museu da Imagem e do Som) diz que a cantora não pode ser resumida em um filme.

“Nesse processo de dez anos criei um amor por essa mulher que me ensinou muitas coisas. A alegria, simpatia e autenticidade eu levo para a vida. Mais que um filme, foi uma escola de vida”, pontua.

A cantora será velada hoje, às 11h, na na Câmara Municipal de Campo Grande, localizada na Avenida Ricardo Brandão. O velório é aberto ao público e segue até às 16h.

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