Santo Eugênio ganha mural de 10 metros para colorir a comunidade
Intervenção artística no bairro contou com 30 jovens e uniu batalha de poesias, slam, grafite, break e hip hop
A parede da Associação de Moradores do Bairro Santo Eugênio ganhou um mural de mais de 10 mil metros para colorir a comunidade. Foram mais de 30 artistas locais que uniram forças e desenvolveram o projeto em apenas quatro dias, além de organizarem uma vaquinha para custear os materiais.
A idealizadora do encontro foi a artista Thalya Veron, com colaboração das artistas Pretisa e Erika Pedraza. Thalya conta que, além de nomes já conhecidos no meio dos artistas de rua, novos talentos também tiveram a oportunidade de pegarem os pincéis e preencherem a parede, antes, vazia.
O espaço foi cedido por uma das proprietárias do prédio da associação, e a princípio, o grupo ia apenas fazer o grafite. Porém, Thalya decidiu unir batalha de poesias, slam, grafite, break e hip hop em uma noite repleta de manifestação cultural.
“Eu chamei alguns amigos, ninguém foi pago para estar lá, não teve nenhum apoio, nenhuma ajuda, nem nada. Cada um levou um lanche, teve água, cada um compartilhou o material entre si”, detalha.
O tema do mural foi livre para que os artistas pudessem criar, com o único intuito de que suas artes conversassem umas com as outras e trouxessem vida, cor e natureza para o espaço. "Cada artista tem uma característica diferente, teve desde personas a letras".
A intervenção também contou com vários artistas da cena do Hip Hop, além da participação do DJ Shaba e DJ Ariel, apresentação da MC e compositora Pretisa, apresentação de breaking da B.girl Jeizzy e do B.boy Clebeat e apresentação de beatbox do ATZE.
O bairro também foi palco de batalhas de Slam, aberto ao público que quisesse declamar, batalha de TAG, com premiação de R$ 50 para o primeiro lugar e batalha de MCs.
“Todo mundo que colou, acreditou na ideia, quis fazer acontecer e a intenção é você trazer cultura e colorir a periferia. E que a arte, o grafite e a cultura hip-hop, chegue em lugares que muitas vezes não têm acesso, porque as pessoas confundem muito como algo que é errado, que não é legal, então a gente provou totalmente o contrário, que é um espaço para todas as pessoas, que é um espaço de acolhimento, de cultura, de arte e de muitas aprendizagens”, expressa Thalya.
O encontro também contou com o apoio da loja Boomb Graffiti Shop, a primeira e única loja de grafiti de Campo Grande, que ajudou os artistas com os materiais.
Futuramente, Thalya espera poder repetir a intervenção em outros bairros, como as Moreninhas, Los Angeles, Jardim Anache, entre outros.
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