Empresária de balneário diz que ofereceu ajuda à criança ferida
Hospital municipal prestou esclarecimentos e também negou omissão ao caso
Empresária responsável pelo balneário Cabeceira do Betione, atrativo turístico localizado em Bodoquena, distante 265 quilômetros de Campo Grande, esclareceu em nota que prestou toda a assistência necessária à família da criança de 7 anos que se feriu no local, após o incidente com stand up paddle ocorrido no último domingo (5).
Segundo a proprietária Bia Gonçalves, ela fez diversas tentativas de ajudar a criança, inclusive oferecendo seu veículo para levar a família ao hospital, mas as ofertas foram recusadas.
Em uma gravação das câmeras de segurança enviadas à reportagem, a empresária detalhou que, mesmo após o acidente, a família permaneceu no atrativo por mais de quatro horas, aproveitando o ambiente. "Eu já tinha ido pela quinta vez perguntar sobre a menina e oferecer para irmos até o hospital fazer o raio-X para ver o pézinho", afirmou Bia.
Ela ressaltou que, embora tenha se colocado à disposição para ajudar, a família optou por não aceitar a assistência, permanecendo no local.
"Como representante do Cabeceira do Betione, esclareço os fatos e reforço que possuo imagens que comprovam que, mesmo após o ocorrido, a mãe da criança permaneceu no local consumindo e aproveitando o domingo, sem demonstrar preocupação evidente com a situação. Fiquei profundamente entristecida pela criança, mas, como não sou sua responsável legal, não poderia intervir diretamente, como levá-la à força para o hospital".
O incidente gerou repercussão na cidade, e a empresária afirmou que a situação prejudica a imagem do atrativo, que, segundo ela, é um dos mais importantes da região. "Nosso nome é o que mais prezamos, e situações como essa não podem ser vinculadas a nós sem a devida veracidade", declarou.
Outra informação contestada ao Campo Grande News foi em relação ao Hospital Municipal de Bodoquena. Também em nota, o diretor-administrativo José Paulo dos Santos Alves Ferreira nega a negligência no atendimento discriminado na primeira reportagem.
"Em nenhum momento, a equipe médica se recusou a imobilizar a perna da paciente. Somos um hospital de pequeno porte, sem atendimento emergencial para casos como ortopedia, cardiologia, ginecologia e obstetrícia. Conforme a equipe informou para a responsável da criança, de forma didática e profissional, a menina teria de aguardar a regulação do sistema para ser encaminhada a um centro médico com atendimento ortopédico, presente em Aquidauana, Bonito e Campo Grande".
Ainda segundo José Paulo, a responsável optou por levar a criança até Aquidauana por conta própria.
Entenda o caso - Mais cedo, a dona de casa de 31 anos, responsável pela vítima, afirmou que foi acompanhada do noivo e dos três filhos, gêmeos de 7 anos e um de 12, para o município, que é um dos principais destinos turísticos de Mato Grosso do Sul.
O acidente aconteceu quando a criança, ao sair da água do balneário, foi atingida por uma prancha de stand up paddle usada por outro turista. A mulher relatou que, ao procurar ajuda, foi informada de que o balneário não possuía salva-vidas ou equipe de primeiros socorros.
A família deixou o local e seguiu até o hospital de Bodoquena, onde a criança foi diagnosticada com a perna quebrada. Depois, a família se dirigiu ao hospital de Aquidauana, a 134 quilômetros de Bodoquena, e, posteriormente, retornou a Campo Grande.
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