Aos 30 anos, Wesley viajou para doar medula e ver outra pessoa viver
Wesley destaca a importância de se informar sobre a medula óssea e se cadastrar como doador sem medo
Nesta semana, o campo-grandense Wesley Sanabria, de 30 anos, deu um passo decisivo para transformar a vida de outra pessoa: ele viajou para realizar a doação de medula óssea em um hospital do interior de São Paulo. Hoje, ele decidiu compartilhar desafios e reflexões como inspiração para quem considera se cadastrar como doador.
"Eu já era doador de sangue, e em uma campanha do Hemosul, perguntaram se eu tinha interesse em me cadastrar como doador de medula. Na época, aceitei sem saber exatamente como era o processo", relembra Wesley, ao explicar o início de sua caminhada no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
O momento em que Wesley foi informado de que era compatível com um paciente foi cheio de emoções. "No começo, fiquei receoso. A primeira imagem que vem à cabeça é aquela agulha de punção enorme. Mas a equipe do Redome foi incrível. Eles te tranquilizam e explicam tudo antes mesmo de confirmar a compatibilidade", compartilha.
A partir daí, Wesley embarcou em um processo cuidadosamente orientado, que incluiu exames detalhados e o uso de medicações para preparar seu organismo para a doação. "Por seis dias, precisei tomar injeções para estimular o aumento da medula no sangue. A coleta será feita por um procedimento chamado aférese, que separa a medula do sangue com uma máquina, de forma muito segura", explica.
Para Wesley, o impacto emocional de saber que sua doação pode salvar uma vida foi profundo. "Desde que aceitei fazer o processo, penso que em algum lugar existe alguém com esperança graças à minha doação. Isso aquece o coração e reforça o senso de humanidade", reflete.
A visita ao hospital também reforçou sua decisão. "Conheci pessoas que precisam ir ao hospital diariamente para repor sangue ou tomar medicação. Um rapaz me disse que teve que se acostumar com a dor, porque é uma realidade constante. Saber que posso mudar a vida de alguém assim é algo que não tem preço", relata.
Desmistificando a doação
Muitas pessoas ainda têm receios ou desconhecem o processo de doação de medula óssea. Wesley destaca a importância de se informar. "Vale a pena sair da sua zona de conforto por alguns dias para garantir anos de vida saudável para uma pessoa. O procedimento é muito seguro e guiado por uma equipe médica altamente capacitada", afirma.
Ele também lembra que a compatibilidade é rara – cerca de 1 a cada 100 mil pessoas. "Muitas vidas são perdidas por falta de doadores. Quando nos voluntariamos, nos tornamos a única esperança para alguém e sua família. Isso muda a forma como você enxerga o mundo", diz.
O gesto de Wesley já está impactando outras pessoas. Amigos e familiares se emocionaram com sua atitude, e muitos estão buscando mais informações sobre como se tornar doadores. "As pessoas sentem orgulho, e isso te dá forças para continuar. Quando ouço alguém perguntar como se cadastrar, percebo que esse gesto é maior do que eu", conta.
Para Wesley, a mensagem principal do seu ato é simples: esperança. "Salvar uma vida não só muda a vida do outro, mas muda quem você é. É uma oportunidade de dar ao mundo mais humanidade e compaixão", conclui.
Como se tornar um doador
Se você se inspirou na história de Wesley e deseja se cadastrar como doador de medula óssea, procure o hemocentro mais próximo. A equipe do Redome estará pronta para orientar você em todas as etapas. Cada cadastro é uma nova chance de salvar uma vida e transformar histórias.
Em Campo Grande, o Hemosul fica Av. Fernando Corrêa da Costa, 1304 - Centro ou ligue no (67) 3312-1500.
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