Evaldo rodou Uruguai, Argentina e Chile a bordo de motocicleta

O advogado Evaldo Mazuy, de 59 anos, saiu de Campo Grande para percorrer o Uruguai, Argentina e Chile, a bordo de motocicletas, na companhia de mais quatro amigos. A viagem teve início dia 14 de novembro, e o grupo retornou na última sexta-feira (29).

Evaldo relata que o trajeto iniciou em Francisco Beltrão, no Paraná, onde o grupo pernoitou antes de seguir viagem para Santana do Livramento, município do Rio Grande do Sul, na fronteira do Brasil com o Uruguai.

No país vizinho, a primeira cidade visitada foi Rivera e as adjacências da cidade, até chegar a Colônia do Sacramento, onde pegaram um navio até Buenos Aires, na Argentina. De lá, passaram por Santa Rosa, San Martin de Los Andes, onde está localizada a Cordilheira dos Andes, e por Bariloche.

Após visitar a Argentina, o grupo seguiu viagem para o Chile, entrando no país pela região dos Sete Lagos, onde visitaram o Parque Nacional Puyehue e as cidades de Osorno e Puerto Varas, onde aproveitaram para visitar o famoso vulcão Osorno. Por fim, o grupo visitou a Patagônia. Partindo do Chile, o grupo subiu de volta para a Argentina, em rumo à Mato Grosso do Sul, passando por Assunção e Pedro Juan Caballero.

“Eu penso que poucas coisas nós levamos dessa vida, é uma delas é as viagens que fazemos, isso sim é enriquecimento e aproveitar a vida: conhecer novas pessoas, novas culturas. Isso engrandece a gente, e mostra como o ser humano é tão pequeno diante da imensidão do mundo”, expressa.

Evaldo relata que tem costume de viajar pegando a estrada, tanto de carro quanto de moto, e chegou a conhecer todos os estados brasileiros. No entanto, essa foi sua primeira viagem de moto fora do território nacional. A viagem foi planejada em nove meses, e o grupo partiu a bordo de motos GS 1250, da BMW.

O advogado resume que esse estilo de viagem é bastante minimalista, e os viajantes carregaram poucas coisas, até mesmo por conta do espaço limitado. Basicamente, o grupo levou equipamentos para pequenos reparos das motos, equipamentos de proteção individual, e uma sacola com o essencial: duas mudas de roupa, casacos, meias e luvas.

Ele comenta ainda que durante a viagem, chegaram a enfrentar uma variação severa de temperatura, com sensação mínima de 3 graus e máxima de 45 graus, principalmente na região do Paraguai, que fez bastante calor.

Sobre o trajeto, Evaldo compartilha que foi tranquilo, pois as rodovias estavam em boas condições, e só passaram por trechos asfaltados. Ele comenta que a parte mais burocrática é passar pela fiscalização da documentação, mas se tudo estiver em dia, não há nenhum problema. “Apenas sol, calor, vento, frio e chuva. Mas isso pra nós é normal”, completa.

Evaldo comenta que as cidades carregam bastante características da arquitetura tradicional, além de serem bonitas e vistosas. Sobre a população local, destaca que achou as pessoas muito mais receptivas do que imaginava.

A interatividade, inclusive, foi um dos pontos mais positivos da viagem. Evaldo explica que, apesar de muitos nativos não falarem português, se esforçam para se comunicar com os turistas, e o passeio acaba se tornando uma verdadeira troca de experiências e rotas.

“Muitos sabem da existência do Pantanal e de Bonito. Conheci um casal em Puerto Varas, que achava que era difícil atravessar a Argentina para vir ao Brasil, mas expliquei que não tem risco”, comenta.

Outro ponto observado pelo advogado, é que há mais brasileiros viajando de maneira independente por esses países, do que ele pensava. “Em termos de custo [da viagem] achei equivalente ao custo [de viajar] Brasil, se for levar em consideração o valor do dólar. É uma viagem que eu recomendo. Nosso objetivo era interagir ao máximo com a cultura local, e a interação com o povo no Uruguai, Argentina e Chile é uma riqueza de cultura”, destaca.

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