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Comportamento

Grupo encarou 6 dias de caminhada e 172 km até Nova Andradina

Fiéis deixaram conforto de casa para buscar silêncio, reflexão e encontro com Deus

Por Clayton Neves | 05/12/2025 06:44
Grupo encarou 6 dias de caminhada e 172 km até Nova Andradina
Ao todo, foram seis dias de caminhada entre as duas cidades. (Foto: Arquivo Pessoal)

Foram seis dias de caminhada, sol na cabeça, noites improvisadas em fazendas e estradas de terra que pareciam não ter fim. Mas nada disso segurou o grupo de cerca de 28 peregrinos que deixou Naviraí rumo a Nova Andradina movido por um único combustível, a fé. Ao todo, 172 quilômetros foram percorridos passo a passo, em meio a orações, desafios físicos e momentos de encontro com o sagrado.

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Um grupo de 28 peregrinos percorreu 172 quilômetros a pé entre Naviraí e Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul, em uma jornada de fé que durou seis dias. Os participantes enfrentaram estradas de terra, pernoitaram em fazendas e caminharam sob sol intenso até chegarem ao Santuário do Imaculado Coração de Maria. Entre os peregrinos estava o advogado Thales Macedo, de 42 anos, que estreou em peregrinações, e a servidora pública Lidiane Basso, de 40 anos, já experiente nesse tipo de caminhada. Apesar dos desafios físicos e emocionais, o grupo manteve-se unido, realizando momentos de oração e reflexão durante todo o percurso.

Para o advogado Thales Macedo, de 42 anos, a peregrinação foi uma estreia. Católico praticante desde 2017, quando participou de um acampamento religioso que, segundo ele, transformou sua relação com a fé, Thales decidiu encarar o trajeto após ouvir sobre o grupo na comunidade da Catedral de Naviraí.

Ele não imaginava o quanto o corpo seria colocado à prova. “Teve dia que caminhamos 32 km. Eu pratico academia, mas é outro nível de esforço. A estrada quase toda era de pedra, sem pavimento. Tinha hora que a exaustão batia forte. E eu posso te afirmar que se não fosse pela fé, eu não teria conseguido”, conta.

Grupo encarou 6 dias de caminhada e 172 km até Nova Andradina
Advogado, Thales é católico praticante desde 2017. (Foto: Arquivo Pessoal)
Grupo encarou 6 dias de caminhada e 172 km até Nova Andradina
Nos dias de caminhada, grupo enfrentou todas as adversidades da estrada. (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante o percurso, o grupo seguiu por estradas vicinais, cruzou fazendas, dormiu em barracas e só entrou no asfalto quando era necessário atravessar rios. A cada parada noturna, os coordenadores preparavam momentos de espiritualidade com músicas, orações e reflexão.

“Chegar ao Santuário do Imaculado Coração de Maria, em Nova Andradina, foi emocionante. Apesar do cansaço, a alma estava leve. Choramos de gratidão. Saímos juntos e chegamos juntos”, diz Thales.

A servidora pública Lidiane Basso, de 40 anos, já tinha vivido uma grande peregrinação antes, o Caminho da Fé, que leva a Aparecida. Mesmo assim, ela garante que nenhuma caminhada é igual à outra.

Grupo encarou 6 dias de caminhada e 172 km até Nova Andradina
Chuva e áreas molhadas foram parte da provação vivida. (Foto: Arquivo Pessoal)
Grupo encarou 6 dias de caminhada e 172 km até Nova Andradina
Final da caminhada foi em Nova Andradina. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Eu digo que não existe treino para isso. Cada experiência é única, porque às vezes o desafio não é físico, é emocional”, afirma.

Para ela, caminhar tantos quilômetros é, acima de tudo, um encontro consigo mesma, longe das distrações da rotina.

“É um tempo de silêncio, de natureza, de reflexão. A gente sai do comodismo e olha para dentro. Caminhar é um jeito de se reencontrar com Deus”, conta.

Lidiane não se preparou fisicamente para esta caminhada, mas defende que boa vontade é mais importante que condicionamento, desde que a pessoa tenha saúde para participar. Ao longo dos seis dias, ela viu de perto pessoas de idades e histórias diferentes seguindo lado a lado, ajudando umas às outras.

Grupo encarou 6 dias de caminhada e 172 km até Nova Andradina
Experiência foi a segunda peregrinação vivida por Lidiane. (Foto: Arquivo Pessoal)

“As bolhas nos pés são inevitáveis. Dói, incomoda, mas faz parte. O bonito é que, mesmo cansados, todos cuidavam uns dos outros. Viramos uma família na estrada”, lembra.

Entre os 28 peregrinos, havia quem caminhava para agradecer uma graça recebida, quem tinha um pedido especial e quem buscava apenas um tempo de fé e silêncio. No final, todos chegaram juntos ao santuário e foram acolhidos pela comunidade local.

Para alguns, como Thales, foi uma superação física inesperada. Para outros, como Lidiane, uma oportunidade de renovar a alma. Para todos, uma experiência que dificilmente será esquecida.

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