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Comportamento

Mãe e filhos uniram talento para criar brinquedos e esculturas em madeira

Família juntou o que cada um produz de melhor, e criou loja que valoriza a beleza natural da madeira

Por Idaicy Solano | 17/10/2024 07:03
Hebert ao lado da mãe, Regina, em feira de artesanato, em Jardim (Foto: Arquivo Pessoal)
Hebert ao lado da mãe, Regina, em feira de artesanato, em Jardim (Foto: Arquivo Pessoal)

O artesão Hebert Garcia, de 29 anos, decidiu se juntar à mãe, Regina Peixoto, de 63 anos, e ao irmão, Norton Garcia, de 31 anos, para criar uma variedade de peças de madeira que valorizam a beleza natural do material.

Sem utilizar tinturas ou qualquer material que ofusque as características naturais da madeira, a família uniu o que cada um produz de melhor para criar decorações e brinquedos educativos.

Hebert produz quebra-cabeças, desde os de baixa complexidade até os mais difíceis, dominós, tabuleiros de xadrez, dama, dentre outros jogos. Já sua mãe e seu irmão são responsáveis por produzir as capivaras, em várias formas, tamanhos e posições, jacarés, tamanduás, araras, dentre outros animais da fauna pantaneira.

O artesão detalha que as peças são feitas com o uso de pequenas ferramentas elétricas, que auxiliam na hora de moldar primariamente os produtos, já o refinamento e as finalizações são feitas à mão, o que garante que cada peça seja única.

O único material utilizado é a madeira, e Hebert explica que as peças não são pintadas, para garantir que a beleza e cor natural da madeira seja valorizado. “Usamos somente as cores naturais, valorizamos como elas são”.

Tabuleiro de xadrez feito em madeira vermelha (Foto: Arquivo Pessoal)
Tabuleiro de xadrez feito em madeira vermelha (Foto: Arquivo Pessoal)
Ao girar a manivela de brinquedo, capivarinha come a espiga de milho (Foto: Arquivo Pessoal)
Ao girar a manivela de brinquedo, capivarinha come a espiga de milho (Foto: Arquivo Pessoal)

O artesão relata que deixou sua cidade, Jardim, no interior de Mato Grosso do Sul, aos 18 anos para trabalhar e fazer faculdade, porém por conta de complicações que apareceram no meio do caminho, não conseguiu se formar, então na pandemia decidiu retornar para Jardim e cuidar da mãe.

Hebert conta que na época Regina já trabalhava com madeira, produzindo caixinhas e utensílios domésticos, então decidiu propor a ela a ideia de trabalharem juntos. “A partir daí, fomos evoluindo. Eles [mãe e irmão] com esculturas e eu com brinquedos”, detalha.

Quando decidiu fazer do artesanato em madeira seu trabalho, Hebert detalha que foi necessário bastante paciência, pois aprendeu o ofício na base de tentativas e erros, além da troca de conhecimento com pessoas mais experientes. “No começo já chorei de raiva em cima de peças que deram errado e tudo mais, porém aprendi ser mais paciente, atento e tranquilo”, relata.

Para Hebert, o trabalho não se resume apenas a entalhar pedaços de madeira e transformá-los em brinquedos, mas também em proporcionar itens que irão marcar a vida dos clientes. E se engana quem acredita que os brinquedos são apenas para as crianças. Muitos deles também representam nostalgia.

Mini enfeites feitos pela mãe de Hebeter, Regina (Foto: Arquivo Pessoal)
Mini enfeites feitos pela mãe de Hebeter, Regina (Foto: Arquivo Pessoal)
Cubo de soma feito com madeira em várias tonalidades (Foto: Arquivo Pessoal)
Cubo de soma feito com madeira em várias tonalidades (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde presentes simbólicos a itens que servirão de herança um dia, o artesão já fez um pião de mão sob encomenda para uma senhora, que pediu o item para presentear o pai dela que faria 90 anos, a fim de relembrar os piões que o pai fez para presentear a filha, quando ela era criança. Além de um tabuleiro de xadrez, que um cliente pediu para presentear o filho, com o intuito de se tornar uma herança, que ele gostaria que fosse passado para as próximas gerações da família.

“O sorriso nas pessoas quando adquirem é o que mais me marca, sempre vejo jovens, crianças, adultos e idosos felizes brincando em minha mesa, se divertindo e relembrando os tempos antigos, onde apenas se brincava e esquecia das preocupações”, diz.

Os preços variam de acordo com o produto. Uma capivara pequena custa em torno de R$ 15, enquanto o tabuleiro de xadrez de R$ 350 a R$ 600, dependendo da madeira utilizada. O carro-chefe da família são os quebra-cabeças, que variam de R$ 45 a R$ 90.

Quem quiser conhecer o trabalho de Hebert e sua família, basta acessar o perfil do Pé de Serra Brinquedos no Instagram @brqpedeserra.

Confira a galeria de imagens:

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