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Comportamento

No calor, mãe não desiste e vende balas para ver filho andar novamente

Não tem calor e sol quente na cabeça que impeça Elizangela de ir para ruas pedir ajuda para o filho

Vanessa Ayala | 20/08/2021 09:59
Com banner, ela pede ajudar de quem para no semáforo. (Foto: Paulo Francis)
Com banner, ela pede ajudar de quem para no semáforo. (Foto: Paulo Francis)

A vida em meio à pandemia, tornou tudo mais difícil para Elizangela de Oliveira Braga, que vende doce nas ruas para ajudar o filho com deficiência.

Uldiney Braga deu os primeiros passos aos 5 anos e aos 12 anos, parou de andar por conta de complicação nos nervos, diz a mãe. Na esperança de ver o filho andar novamente, ela diz que fez um empréstimo para realização de uma cirurgia.

“Não conseguimos pelo SUS, então, tive que fazer um empréstimo, também emprestei dinheiro de outras pessoas para poder pagar e, ainda assim, estou pagando até hoje. Com um salário mínimo, a gente não vive, e meu filho ficou na fila de espera por muitos anos e meu maior sonho era poder ver ele andar novamente”, afirma.

Com ajuda do pai, a luta é diária, conta a mãe, enquanto vende os doces com um banner. “Ele tem quase 100 kg e quem cuida dele é o pai, porque eu não posso pegar peso, porque além de diabética, eu operei da hérnia, se ela voltar, eu não posso operar de novo, também faço acompanhamento psiquiátrico no Caps, pra gente a vida é difícil”, conta.

Elizangela vendendo pirulitos na Rua Pernambuco. (Foto: Paulo Francis)
Elizangela vendendo pirulitos na Rua Pernambuco. (Foto: Paulo Francis)

Elizangela diz que está desempregada e, há 2 anos, compra doces para vender nos semáforos de Campo Grande, é o jeito que encontrou de ajudar a família.

“É para tirar uma renda e poder ajudar dentro de casa, vendo balinha de coco, goma, pirulito, chiclete. Graças a Deus, as pessoas têm comprado, faz tempo que eu vendo aqui, desde que o meu filho fez a cirurgia".

Hoje, Uldiney está com 14 anos e também sonha em andar, segundo a mãe. “O nervo dele atrofiou, o médico falou pra mim que eu tinha 45 dias para poder fazer essa cirurgia, ele passou no programa de TV e conseguiu só a estrutura óssea, a cirurgia não, a estrutura foi a população que me ajudou, agora a cirurgia teve que ser particular”, diz.

Elizangela também diz que o filho não retornou para as aulas presenciais por causa da baixa imunidade e vergonha por está acima do peso em cima da cadeira de rodas. “Era um sacrifício para ele entrar numa sala de aula, às vezes, ele ficava dois meses para fora, por causa da cadeira que está quebrada”, lamenta.

“A hora que ele voltar a andar, será minha alegria, ele vai voltar a andar, eu acredito”, completa.

Quem tiver interesse em ajudar Elizangela, doações podem ser feitas no (67) 99183-2862.

Elizangela conta a história difícil da família, enquanto vende bala nas ruas. (Foto: Paulo Francis)
Elizangela conta a história difícil da família, enquanto vende bala nas ruas. (Foto: Paulo Francis)

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