Professor que ajudou aluna após perda do pai vira surpresa de 15 anos
Adolescente se apegou à Davi após morte do pai e nunca mais esqueceu dele
Déborah Cristina de Oliveira Martins achou que nunca mais veria o professor de teatro, mas ele a surpreendeu durante a tão sonhada festa de 15 anos da menina. A presença de Davi Cardoso Júnior foi comemorada pela jovem, que não segurou o choro. Após 7 anos longe, o ator e a aluna finalmente se reencontraram. A amizade dos dois aconteceu após ela perder o pai, em 2018.
RESUMO
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Em uma emocionante festa de 15 anos, Déborah Cristina de Oliveira Martins reencontrou seu ex-professor de teatro, Davi Cardoso Júnior, após sete anos de distância. O encontro foi uma surpresa organizada pela mãe da jovem, atendendo ao maior desejo da filha para a celebração. A história dos dois começou em 2018, quando Déborah perdeu o pai e encontrou em Davi uma figura paterna durante as aulas de teatro. O professor ajudou a adolescente a superar o luto e a timidez, estabelecendo uma conexão especial que perdurou mesmo após o fim das aulas, que duraram menos de dois anos.
De lá pra cá, mesmo de longe, a menina nunca parou de perguntar por Davi. A mãe, Michelle Cristina de Oliveira Martins, comenta que, após a morte do marido, Thompson Flávio, a menina se apegou a Davi e reconheceu nele uma figura paterna. A entrada de Déborah no teatro foi uma tentativa de Michelle para fazer a filha voltar a socializar.
“No ano, ela ficou muito introvertida, e eu decidi colocar ela na aula de teatro com o ator e diretor Davi Cardoso Júnior. O Davi foi um bálsamo na dor da perda para Déborah. Ver os dois juntos sempre me traz alegria, pois a conexão deles é muito forte e singela ao mesmo tempo. Ela sempre foi uma menina meiga e carinhosa. Após a perda do pai, se tornou uma menina responsável, pois tivemos que mudar toda nossa vida e recomeçar sozinhas.”
Ao Lado B, Davi comenta que começou a dar aula para Déborah na escola de teatro que ele tinha na Capital, e que ela se encantou pela aula. “Uma criança de oito anos perder o pai tragicamente não deve ter sido fácil para ela. Acho que me tornei um segundo pai, e eu fiquei muito feliz. Déborah sonhava que eu estivesse na festa dela e, lógico, eu fico muito grato. Foi uma das maiores emoções que eu tive.”
Ele lembra que sempre foi muito brincalhão com ela e que os dois se davam muito bem. As aulas duraram menos de 2 anos, mas foram suficientes para deixar Déborah apegada a Davi. Ele conta que, nessa época, ela era a mais dedicada e que sempre tinha os textos decorados.
“A mãe dela perguntou: ‘O que você mais gostaria de ganhar?’ Segundo a Michelle, ela respondeu que o que mais queria na vida era que o tio Davi fosse à festa dela. É uma menina que, depois de 7 anos, continua lembrando de mim como professor de teatro, como o tio dela. Fui até a festa dela e foi demais, foi muito emocionante. Eu apareci de surpresa lá; foi uma coisa única para mim e, para ela, algo muito marcante.”
Déborah explica que Davi chegou em um momento muito delicado da vida dela e que ele serviu como uma base, ajudando a superar os medos, a timidez e também o luto.
“O tio Davi, para mim, hoje significa motivação. Ele me fez uma garota forte e dedicada, e sei que posso contar com ele sempre. Quando ouvi a voz dele nos meus 15 anos, meu coração disparou. Foi uma emoção inexplicável, o melhor presente que eu poderia receber. Ter ele nesse dia foi muito importante para mim.”
A mãe não mede elogios à filha e conta que a adolescente quer cursar Psicologia no futuro para ajudar pessoas e crianças que venham a viver a mesma perda que ela viveu.
“Déborah sempre foi uma menina meiga e carinhosa. Hoje, ao completar 15 anos, vejo que ela se tornou uma linda jovem e manteve sua meiguice, muito carinhosa, amiga de todos. Uma filha obediente e estudiosa, cheia de sonhos.”
Em 2018, mãe e filha deram o adeus mais triste e tiveram que enfrentar a partida de Thompson Flávio, que saiu de casa em uma manhã onde nada parecia dar errado. Ele sofreu um acidente, foi internado e teve uma perna amputada. Um dia depois, ele não resistiu e faleceu.
No aniversário de 11 anos da filha, Michelle resolveu fazer uma surpresa para que a menina se lembrasse diariamente do pai. Ela deu um urso feito com a camisa dele e colocou a pulseira que ele sempre usava, com as palavras “foco, força e fé”. O urso estava no colo da menina na noite especial em que ela fez 15 anos.
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